Outro “aniversário” que pode ser comemorado é o do segmento de automação residencial e predial, que surgiu timidamente na década de 1970 – como acessório do home theater – e tornou-se um mercado, digamos, independente no início dos 1980. O site CE Pro, que cobre como ninguém o assunto, alertou esta semana que, apesar da enorme evolução técnica, ainda estamos muito longe de algo que possa sequer lembrar uma “popularização”.

E talvez nunca cheguemos a isso. Os serviços de automação (leia-se: sistemas projetados, integrados, programados e customizados para as necessidades do usuário) são, por definição, um nicho de mercado. Jamais poderão ser um “produto de massa”. Nos EUA, como aqui, tudo começou com as lojas especializadas em áudio. Quando os magazines entraram nessa onda, elas viram a saída no home theater (áudio+vídeo). Mais tarde, tiveram que acrescentar outros produtos, como automação, para fugir da concorrência.

Hoje, empresas como Apple e Google são a maior ameaça. Vendem a (falsa) ideia de que tudo se resolve com um aplicativo… Mas, se uma coisa ficou clara nesses 30 anos, é que em tecnologia não existe milagre. Nenhum app é capaz de oferecer os recursos de um sistema de automação bem projetado, programado e instalado.

O problema é que isso exige especialização, e nem todos os profissionais se dispõem a buscá-la. Nos EUA também, mas em menor escala, muitos instaladores dão preferência às soluções mais fáceis de executar, em vez de aprender aquelas que melhor atendem as necessidades de seus clientes. Não por acaso, é grande por lá a queixa contra os magazines e suas “soluções prontas”.

Como bem lembra o CE Pro, é inútil. Quem tem essa postura está condenado a sumir do mapa. A saída: encontre o seu nicho e trabalhe bem com ele. Sempre haverá um.

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