Tom Wheeler, diretor-geral da FCC (Federal Communications Commission), equivalente americana da nossa Anatel, anunciou na última segunda-feira o que muitos já previam: todo apoio aos serviços de vídeo online, conhecidos pela sigla OTT (over-the-top). O comunicado oficial propõe, por exemplo, “… derrubar as barreiras anticompetitivas e abrir caminho para softwares, dispositivos e outras soluções inovadoras concorrerem com os receptores que a maioria dos consumidores hoje aluga junto às operadoras.”

Não é uma mudança qualquer. A ser aprovada pela Comissão, a nova legislação permitirá que o usuário escolha entre ter um serviço de assinatura convencional, com a famosa caixinha (set-top box), e baixar aplicativos em seu TV, computador, tablet ou smartphone para ver os mesmos conteúdos. Na visão de Wheeler, todos os provedores de conteúdo – lá chamados MVPDs: Multichannel Video Programming Distributors – devem poder competir em igualdade de condições, tentando oferecer a melhor experiência ao usuário.

Pesquisa da FCC indica que uma família americana média paga 231 dólares por ano em serviços de TV, valor que vem subindo devido à falta de concorrência. A medida, se aprovada, não vai acabar com os atuais pacotes, nem forçar o cancelamento de assinaturas. E os conteúdos continuarão sendo bem protegidos – pelo menos, é o que promete Wheeler. Mas o acesso poderá ser feito via qualquer dispositivo, inclusive um TV Smart. E o consumidor poderá decidir o que lhe for mais conveniente.

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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