Já comentamos aqui várias vezes – vejam este post, por exemplo – a corrida dos fabricantes de TVs LCD para alcançar o desempenho dos displays orgânicos (OLED). Não é fácil, dada a diferença nativa entre as duas tecnologias. Mas um novo passo acaba de ser anunciado no Japão: a Panasonic revelou que conseguiu desenvolver um painel de cristal líquido, do tipo IPS, capaz de produzir níveis de contraste 600 vezes mais altos que um display LCD comum.
O segredo seria a inclusão de células para modulação da luz emitida pelo backlight (vejam o desenho ao lado). Essas células atuariam junto a cada pixel, regulando individualmente a intensidade luminosa, o que evitaria o fenômeno conhecido como “flutuação de preto” (quando as partes mais escuras da tela sofrem vazamento de luz).
Bem, essa não é a única diferença entre LCD e OLED. Mas, sem dúvida, a questão do contraste é o que mais incomoda nos TVs convencionais, principalmente quando se tem um ambiente escuro. Mesmo com os enormes avanços dos últimos anos (e não foram poucos), ainda é possível notar os tais vazamentos; na verdade, cada pessoa reage de modo diferente ao problema (algumas nem percebem). Nos OLED, o vazamento não acontece.
Durante os Jogos Olímpicos, fizemos testes com o atual TV top de linha da Panasonic, mod. DX900, de 65″ (foto maior), inclusive captando imagens dos jogos em HDR transmitidas pela Globosat, com um decoder especial da NET (vejam o vídeo). Ficou claro que a intensidade de luz era maior que nos outros modelos, resultando em cores muito mais brilhantes – às vezes, até em exagero. Não era um painel IPS, como o do modelo agora anunciado no Japão, mas um do tipo VA: a principal diferença é que os IPS apresentam melhor ângulo de visão.
Esse novo aparelho, a princípio voltado para o segmento profissional (não residencial), tem lançamento previsto para janeiro no Japão.