Executivos das oito maiores redes varejistas dos EUA, especializadas em eletrônicos, foram chamados para uma reunião com o presidente Donald Trump nesta quarta-feira. E, como se esperava, rechaçaram a ideia de um novo imposto sobre importações, a princípio estimado em 20%. A política contra produtos importados faz parte da “cartilha Trump” e foi aprovada nas urnas. Mas, como já havia ocorrido com fabricantes de equipamentos e provedores de serviços digitais, não é aceita pelos lojistas. Lá, ao contrário do Brasil, o acesso a produtos importados é visto como saudável para a economia, pois mantém acesa a competição e ajuda a segurar os preços.

Segundo a NRF (National Retail Federation), que representa as redes de varejo, o chamado “ajuste de fronteira” – nome dado ao novo imposto de Trump – implicará em taxações da ordem de US$ 1 trilhão e fatalmente terá impacto os consumidores. Além disso, é grande a chance de provocar desemprego, diz a entidade. “Acho que não foi isso que a população votou em Novembro”, comentou com ironia o presidente da NRF, Matthew Shay, em entrevista ao site Twice, indicando que o aumento de preços atingirá desde eletrodomésticos até carros e alimentos.

Pode ser apenas “ruído”, mas a própria presidente do Banco Central americano, Janet Yellen, afirma que a sugestão de medidas como essas causa “incerteza” nos mercados. Trump e seus ministros ainda não conseguiram explicar como um aumento de 20% nas taxas de importação pode ser combinado com sua política de “redução de impostos” para as grandes empresas.

1 thought on “Trump e o varejo de eletrônicos

  1. Gostei muito do que li aqui no seu site.Estou estudando o assunto,Mas quero agradecer por que seu texto foi muito valido. Obrigado 🙂

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *