Costumo dizer que os grandes artistas nunca morrem. Sua arte fica eternizada através dos discos (no caso dos músicos) e vídeos que deixaram, e que poderão ser admirados também pelas futuras gerações. Por mais que lamentemos a partida de nossos ídolos, é reconfortante saber que fomos privilegiados de viver na mesma época deles.

Me refiro, claro, à penca de músicos que se foram neste mês de julho, no espaço de 10 dias: João Donato (17), Tony Bennett (21), Sinead O’Connor (26) e – num dia só (24) – Dóris Monteiro e Leny Andrade. Sobre Bennett, já deixei minhas impressões neste artigo, publicado no próprio dia 21 na seção “Música” deste blog. Sobre Sinead, confesso que não posso dizer muito, embora seja, de todas as cinco, a morte mais doída considerando seus apenas 56 anos e as condições em que viveu.

Donato, Dóris e Leny fizeram parte da Bossa Nova, movimento que não só revolucionou a música brasileira nos anos 1960 como se tornou nosso gênero mais conhecido no exterior. Como disse um amigo, eram tão bons que foram ignorados durante décadas pelas gravadoras e pela grande mídia, que só abrem espaço para o que está “na moda”. Parece que estão sendo mais celebrados hoje, mortos, do que quando estavam em plena forma. Triste ironia!

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