Termina no próximo dia 05/07 a consulta pública convocada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para tornar obrigatória a economia de energia em novas construções. A proposta é que, a partir de 2027, todos os novos edifícios públicos tenham índices mínimos de consumo e conservação de energia. E que até 2040 o mesmo se aplique a todas as construções.

Como várias boas ideias neste país, essa – espelhada em ações semelhantes da Europa e América do Norte – mal foi divulgada. E é por isso, também, que trazemos o assunto aqui. Assim como aparelhos elétricos em geral, os imóveis também podem ganhar um selo de eficiência energética. E, para quem sonha com uma “casa inteligente”, nada mais natural do que verificar antes se seu consumo de energia é o mais adequado.

 

 

Também seguindo normas internacionais, há anos que o Brasil adota o selo Procel Edifica, concedido pelo Inmetro com base nas condições de uso da energia em edifícios. Seu conceito é baseado nos padrões LEED (criado nos EUA) e EDGE (criado pelo Banco Mundial com foco nos países em desenvolvimento). Há ainda o selo ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia), também do Inmetro.

COMO VALORIZAR O SEU IMÓVEL

Para conceder esses selos, são avaliados aspectos como uso de lâmpadas eficientes, controles inteligentes do consumo de energia, eficiência dos sistemas de climatização e até a posição da casa ou edifício em relação ao sol.

Na consulta pública, o MME promete analisar sugestões para melhorar os controles atuais e estimular sua adoção nas novas construções. Além de reduzir o consumo de modo geral, o plano tem estes objetivos:

*Diminuir a dependência das edificações em relação ao ar-condicionado, notório “bebedor” de energia;

*Proporcionar melhor conforto térmico dentro das edificações;

*Preparar o país para o enfrentamento das mudanças climáticas;

*Tornar os imóveis mais saudáveis e valorizados.

A iniciativa é do CGIEE (Comitê Gestor de Indicadores de Eficiência Energética), que reúne representantes do governo, universidades e entidades civis. Só se pode desejar (e esperar) que o trabalho seja levado adiante sem burocracias nem ingerências políticas, algo raro no Brasil. E com a máxima transparência na divulgação ao distinto público que, na prática, é quem paga a conta.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *