Outra pesquisa que acabei descobrindo estes dias, esta feita pela Marco Consultoria, revela que está caindo o gasto médio do brasileiro com equipamentos eletrônicos. Os pesquisadores criaram um certo “Índice da Casa Digital”, que se baseia na evolução do salário médio da população e no preço de uma cesta de aparelhos que teoricamente comporiam uma residência, digamos, eletronicamente atualizada. Essa cesta inclui TV LCD (não menciona o tamanho da tela nem explica por que deixa de fora o plasma), câmera digital, home theater (não diz de que tipo), smartphone (idem),  player Blu-ray, videogame, notebook e netbook. Somando os preços de todos esses itens, chegaram ao valor de US$ 7.540. Dividindo esse número pelo salário médio vigente no País (R$ 1.424,10, segundo o último censo do IBGE.

Resultado: um trabalhador gastaria em média 9,55 salários para montar a tal “casa digital”. Em agosto de 2009, diz a consultoria, eram necessários 10,1 salários. E esse valor vem caindo nos últimos anos, na esteira da desvalorização do dólar.

7 thoughts on “Quanto custa a “casa digital”?

  1. E os preços destes produtos poderiam cair muito mais se não fossem os impostos escorchantes que pagamos. O IPI (imposto sobre Produtos Industrializados – do Governo Federal) dos aparelhos de videogame, só como exemplo, é de 50%, ou seja, metade do valor do equipamento fica com o governo. Fica fácil de entender a grande quantidade destes produtos que são contrabandeados e vendidos de forma ilegal.

  2. Carlos, acho que não é só imposto. Acho um absurdo 100% de impostos, mas se aplicarmos 100% sobre 699 Dolares, chegaremos bem abaixo dos quase 4000 Reais que custa uma Panasonic 50″, por exemplo. Acho que a alta carga tributária é uma desculpa perfeita para esconder a ganancia dos distribuidores e fabricantes Brasileiros.

  3. parabens pelo otimo trabalho informativo que a revista sempre traz para os leitores,acompanho a revista desde o inicio.

    grande Abraco

    ricardo Rosante

  4. Fabio, sem dúvida quando comparamos os preços locais com os praticados no exterior, principalmente nos EUA, a diferença é absurda. Existem diversos fatores que devem ser considerados na formação do preço de venda local e a ganância, muitas vezes, também faz parte destes fatores.

    Do ponto de vista do consumidor bastaria pagar os impostos, inserir uma pequena margem e revender o produto. Infelizmente a realidade é um pouco diferente. Existem vários custos que não aparecem para o consumidor, porém estão inclusos nos preços, como, por exemplo, treinamento do pessoal de suporte e manutenção, estoque local de peças para reparo, atualização constante dos equipamentos utilizados nos laboratórios de reparo para atender as novas tecnologias, custo da cadeia de distribuição (normalmente quem importa o produto não vende direto para o consumidor e para cada membro desta cadeia os impostos são cobrados em cascata e cada um aplica a sua margem de lucro). Para se ter uma ideia dos absurdos que ocorrem no Brasil, uma carga de Eletrônicos (TVS LCD, Home Theaters, Equipamentos para automação, etc…) não sai do porto sem a contratação de um seguro e de uma escolta armada, devido as estatísticas de roubo destes produtos nas estradas. Adivinhe quem paga esta conta?

    Veja, eu não estou afirmando que não exista ganância por parte dos comerciantes brasileiros. Ela existe sim e é inversamente proporcional ao número de concorrentes vendendo o mesmo produto. Apenas não podemos nos esquecer de que no Brasil os custos na área de portos e aeroportos, custos de transporte e carga tributária são os maiores do planeta. E os culpados destes títulos indesejáveis são os governos (federal, estadual e municipal) que cobram os impostos mas não nos prestam os serviços a que temos direito.

  5. Carlos, treinamento do pessoal de suporte e manutenção, estoque local de peças para reparo, atualização constante dos equipamentos utilizados nos laboratórios de reparo para atender as novas tecnologias, custo da cadeia de distribuição, não estão incluido nos custos das lojas americanas? O que Fabiuo questionou é, uma loja lá vende por X uma loja aqui vende por 4 X e o imposto é de no máximo 100% O X já inclui tudo isto, lá e aqui, pois os distribuidores aqui não tem como referencia o custo X. Acho 100% de imposto um absurdo, mas nada justifica um distribuidor aqui querer ganhar mais que um distribuidor de lá e ainda impor quanto deve ganhar a revenda, divulgando um “valor sugerido”.

  6. Alem dos impostos, eu acho que tem uma margem de lucro a absurdo um exemplo vi foi uma tv de 55 na cidade Del Leste custa U$ 1.925,00 ou
    R$ 3.465,00 porque aqui custa R$ 5.999,00 .

  7. Olá Renato, os impostos de importação no Brasil não têm paralelo em nenhum outro país. Não dá pra comparar com o Paraguai. Abs. Orlando

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