O que você, que é empresário, está pensando em fazer para enfrentar a crise que se anuncia? A pergunta foi feita esta semana pelo jornal Diário do Comércio e Indústria, de São Paulo, a executivos de vários setores. As respostas, claro, foram divergentes: ninguém tem uma idéia exata das razões e dos desdobramentos da crise internacional.

O interessante do levantamento foi perceber como as pessoas (e nesse caso principalmente os empresários e executivos com poder de decisão nas empresas) são afetadas pelas notícias ruins. Há praticamente um mês que as manchetes diárias dos jornais, revistas e telejornais são de tom pessimista, como se o mundo fosse acabar amanhã. E quando não há um seqüestro ou assassinato para comentar, a mídia em geral apela para as “desgraças” da economia. Muitos dos entrevistados revelaram que, diante do quadro pintado pelo noticiário, decidiram rever planos de investimento e até considerar a possibilidade de demissões. Isto a dois meses do Natal!

Tenho para mim que essa crise é mais psicológica, motivada pelo nada, como um desses temporais que volta e meia desabam sobre São Paulo e provocam o caos. Como sabe qualquer paulistano (aliás, isso vale também para cariocas, mineiros, gaúchos…), a gente acaba se acostumando. Hoje, me perguntaram exatamente isso: o que você está fazendo para enfrentar a crise? Minha resposta: nada, a não ser continuar trabalhando duro, como vinha fazendo até o mês passado.

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