A Associação Mundial de Jornais (WAN, na siga em inglês) está fazendo campanha global para promover o uso desse veículo – jornais impressos – pelo público que atualmente migra para a internet. Com tiradas criativas, a campanha acusa os defensores da web de fazer “afirmações absurdas e prejudiciais” contra a mídia impressa. O objetivo é recuperar leitores e também o faturamento publicitário, que como comentei aqui dias atrás vem caindo continuamente.

Neste site há um resumo da campanha, que me parece louvável como defesa do segmento. Um de seus motes é este: se um dia o Google conseguir atingir e influenciar bilhões de pessoas como conseguem os jornais, essa notícia será dada pela imprensa escrita. Será? A discussão é uma das mais atuais e interessantes no setor de comunicação. Notem que fazem parte da WAN os maiores jornais do mundo, inclusive The New York Times, que acaba de colocar todo o seu conteúdo diário gratuitamente na web. Não é curioso?

O quadro ao lado mostra o desempenho dos sites de jornais e revistas americanos, o que por si só já ilustra bem como essa campanha pode estar com o foco errado. A meu ver, querer negar o avanço das mídias on-line é tão ridículo quanto afirmar que os jornais vão morrer. Sempre existirá alguém querendo ir a uma banca e comprar seu jornal ou revista preferidos. Tenho um amigo que adora ler no banheiro e diz que não troca esse hábito por nada neste mundo. Quando digo a ele que seus netos provavelmente vão levar o computador junto para lerem as notícias no banheiro, ele ri, desprezando a previsão.

Mas será que estamos muito longe disso?

Para quem quiser se aprofundar nesse assunto, recomendo estes artigos:

*Mídia on-line ganha força na briga por anunciantes

*Em defesa da mídia on-line

*Mídia on-line: por que não?

*O que impede mais investimentos em mídia on-line

*Comentários sobre o meio jornal

*A mídia que traz boa impressão

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