Uma das coisas mais irritantes da cobertura que se faz do setor de tecnologia na mídia, principalmente na imprensa brasileira, é quando se lê: “Esqueça o que você tem em casa, acaba de surgir uma nova tecnologia que vai revolucionar tudo”. Leio isso a toda hora, principalmente quando acontecem grandes eventos como a IFA. O pessoal parece que se deslumbra fácil com o que vê, sem pensar na – desculpem a palavra hororrosa, mas não encontrei outra – contextualização.

Pois é, agora se fala em TV 3D como se fosse um nirvana, algo que vai aposentar tudo que existe por aí. Ora, claro que não vai. Temos aqui na IFA vários exemplos: Philips, LG, Samsung, várias empresas exibem soluções 3D, mas todos sabemos que essa tecnologia ainda é embrionária. Mais do que isso: depende fundamentalmente da existência de conteúdos 3D para serem exibidos nos TVs, sem o que estes tornam-se displays comuns. Quem vai produzir imagens em 3D? Isso custa muito caro, poucas produtoras no mundo dominam essa técnica. E os tais óculos especiais, quem vai querer usá-los na frente do seu televisor?

Sugiro a leitura deste artigo, que esclarece a maior parte das questões a respeito.

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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