Trocando emails outro dia com os amigos João Carlos Jansen Wambier, Cristiano Mazza, Julio Cohen e Vinicius Barbosa Lima, observamos como anda complicada a vida do profissional de tecnologia – e, por extensão, do usuário – nos tempos atuais. Se algumas inovações são complexas e se renovam a todo instante, pior ainda quando a indústria espalha sua sopa de letrinhas pela internet, aumentando a confusão geral.

João me enviou artigo do blog americano Retrevo, listando os novos padrões de conexão que nos ameaçam nos próximos anos – claro, nem todos serão efetivamente implantados; mas grandes empresas estão envolvidas nos estudos, e de repente, como já aconteceu tantas vezes, uma delas resolve se antecipar à concorrência e aí… imaginem o estrago. Vejam quantos desses protocolos estão em discussão:

WiHD (Wireless HD) – Permitiria transmitir vídeo de alta definição a velocidades de até 28 Gigabits por segundo, sendo compatível com sinais 3D e até resolução 4K. Defendido por LG e Panasonic, entre outras gigantes.

WHDI (Wireless Home Digital Interface) – A velocidade não é tão alta (“apenas” 4Gbps), mas poderia aproveitar os atuais chips HDMI para transmitir sinais de áudio e vídeo sem fio. Sharp e LG estão entre os fabricantes que anunciaram estar trabalhando nesse padrão.

WiDi (Wireless Display) – Criado pela Intel, trabalha sobre redes WiFi e atinge velocidades de 9 Megabits por segundo. Foi criado para permitir a transferência de vídeo entre dispositivos móveis e TVs. De todos os novos protocolos em análise, é o único que já está no mercado (mais detalhes e um vídeo de demonstração aqui). Mas ainda não seduziu os fabricantes de TVs.

WiGig (Wireless Gigabit) – Embora com altas velocidades de transferência (até 6Gbps), este padrão, que permitiria integrar aparelhos de áudio, vídeo e informática, sofre de um problema básico: exige visada para que o sinal seja transmitido, ou seja, nenhum objeto pode estar entre os dois aparelhos que se comunicam. Mesmo assim, a Wireless Gigabit Alliance (que inclui Samsung, Microsoft, Panasonic e outras) diz que chega ao mercado internacional em 2012.

HDBaseT – De todos, é o que aparentemente tem mais futuro. Utilizando os mesmos cabos de rede atuais, com conector RJ45, permitiria trafegar não apenas os sinais de dados, incluindo áudio e vídeo, mas até mesmo sinais elétricos para alimentar aparelhos de baixo consumo. Os cabos teriam alcance de até 100 metros, tornando esse padrão ideal para projetos integrados em geral. Também tem sua Alliance, que inclui Sony, Samsung e LG, mas por enquanto nada de prazos para lançamento comercial.

Cristiano me diz que há ainda um tal de KNX, que por ser de protocolo aberto permitiria a adesão fácil de toda a indústria utilizando a mesma linguagem. Observem que os grandes fabricantes apoiam todas essas novas siglas. Como bem lembra Cristiano, estão apenas esperando para ver quem vai matar quem!

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