hello-moto.jpgLeio no Meio&Mensagem entrevista com o diretor mundial de marketing da Motorola, Jeremy Dale. Curiosamente, esta semana saiu a notícia de que a empresa – terceiro maior fabricante mundial de celulares (já foi o primeiro, mas perdeu espaço para Nokia e Samsung) – decidiu dividir suas operações: parte será dedicada aos dispositivos móveis e parte se concentrará em soluções de banda larga e mobilidade.

Há quem diga que é o primeiro passo para vender a divisão de celulares, que vem registrando seguidos prejuízos (leia aqui). Pode ser. O fato é que a Motorola há tempos se consolidou como uma das empresas mais criativas do mundo – o que não tem necessariamente a ver com desempenho nas vendas. Seus anúncios são sempre brilhante e o design de seus aparelhos, idem.

Na última CES, tive oportunidade de experimentar alguns dos novos modelos, inclusive o badalado Z10, o primeiro celular que permite editar vídeos (veja aqui). A entrevista de mr. Dale confirma que, por trás desse e de outros lançamentos, há de fato cabeças pensando. O conceito que mais chama atenção é a integração do pessoal de marketing ao processo de concepção dos produtos, trabalhando em conjunto com os engenheiros. Algo difícil de implantar, porque em geral ambos (engenheiros e marketeiros) se odeiam.

Os números de vendas da empresa talvez desmintam essa tese. E Dale visualiza um futuro em que as sensações e reações do consumidor terão mais peso do que o design puro e simples. Pode ser que a Motorola nem sobreviva quando esse futuro chegar. Mas não importa. Admiro pessoas e empresas que buscam inovar e se reciclar constantemente. É isso que move o homem para frente, certo?

Como aperitivo, vejam aí um dos vídeos da última campanha da Motorola, que está no YouTube.

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