Depois da decepção causada na última CES, quando pouca gente pôde vê-la, a televisão a laser parece que agora sai da fase de protótipo. Pelo menos, é a promessa da Mitsubishi, dona da patente, que está prometendo colocar os primeiros exemplares à venda no mercado americano no segundo semestre deste ano (leia aqui). Vamos aguardar.
Para quem não acompanhou de perto, a tecnologia de projeção baseada em raios laser é uma das mais antigas – vem de antes do DVD, nos anos 70, quando começaram os primeiros estudos sobre aplicações diversas do laser. O problema é que nenhum fabricante conseguiu ir muito longe (o custo de desenvolvimento era muito alto, e surgiram outras tecnologias, mais baratas, que se tornaram prioridade). Assim, enquanto plasma e LCD se disseminaram, o laser foi, digamos, guardado na geladeira.
Até hoje há quem desconfie de sua viabilidade econômica. Confesso que fico receoso quando vejo um único fabricante (no caso, a Mitsubishi, que tem marca forte em TVs e projetores, mas somente nos EUA e Japão) lançar sozinho uma novidade como essa. Se já é complicado implantar uma inovação quando se trabalha em grupo (vide a guerra Blu-ray vs. HD-DVD), mais difícil ainda é lançar uma nova tecnologia sem o apoio dos principais líderes de mercado.
A Mitsubishi trabalha em parceria com a Texas Instruments, que fornece o chip de processamento para o Laser TV, mas é pouco. Teria que unir-se a Sony, Samsung, LG, Panasonic ou Philips, por exemplo, até para compartilhar os custos de desenvolvimento e de marketing que um produto como esse exige. Se, como tenho ouvido, o aparelho chegar às lojas dos EUA por mais de 5 mil dólares, dificilmente irá emplacar.
Enfim, vamos aguardar. Que está todo mundo curioso para ver, isso está.
Para saber um pouco mais sobre Laser TV, vale a pena dar uma olhada neste site.