Alguém já disse e eu concordo totalmente: a melhor maneira de conhecer uma cidade é caminhando a pé. Nunca falha. No primeiro dia, você pega um city tour qualquer, com aqueles ônibus de dois andares que permite ver a cidade “lá de cima”, e aí já fica conhecendo as atrações mais famosas. Com isso, tem também uma boa idéia das distâncias e pode decidir melhor o que vai querer mesmo ver de perto. A partir daí, o negócio é bater perna.

Já estive em Londres algumas vezes, mas fazia tempo. A cidade mudou muito, embora – felizmente – sem perder o velho charme. É, de longe, uma das três ou quatro mais bonitas do planeta, com suas construções medievais que já foram usadas por reis e rainhas e hoje servem de moradia a pessoas, digamos, normais; ou então viraram sede para grandes empresas. Digo pessoas “normais” porque Londres é, também, a segunda cidade mais cara do mundo (só perde para Tóquio), conforme li numa pesquisa recente.

Viver aqui custa muito, muito caro, e o turista tem que fazer as contas direito. Até porque os ingleses ainda não aceitaram essa história de comunidade européia e insistem em manter-se arrogantemente afastados do continente. Sua moeda, a libra esterlina, vale mais que o euro, nominalmente (3 reais cada), e às vezes a gente se confunde na hora de pagar uma conta. Também não abrem mão dos carros com volante do lado direito e das ruas com sentido inverso ao nosso. É um perigo para pedestres desavisados: você vai atravessar a rua e em vez de olhar para a esquerda tem que olhar para a direita (precavidos, eles até escrevem isso no chão). Jamais me arrisquei a dirigir aqui, e os poucos amigos que tentaram inevitavelmente acabaram se envolvendo em acidentes.

Londres também tem um clima instável (tanto ou mais do que São Paulo), e tem chovido todos os dias desde que cheguei. Mesmo com tudo isso, é uma cidade adorável. O fato de se poder ir de metrô a qualquer lugar – são mais de 200 estações dentro do perímetro urbano – não tem preço: você paga 5 libras por um bilhete que permite fazer quantas viagens quiser durante o dia. Embora um pouco mal-humorados às vezes (outra semelhança com São Paulo), os ingleses são eficientíssimos na prestação de serviços – e não exigem gorjeta, ao contrário dos americanos.

Hoje, domingo, é dia de festa. Fui ao “carnaval” de Notting Hill, o bairro da moda por aqui, e havia umas 500 mil pessoas andando alegremente pelas ruas – na foto, um “mini-banheiro público” adaptado no meio da rua, para a ocasião. Não consegui assistir ao desfile porque era impossível atravessar aquela multidão, mas deu para ouvir de longe a música. Também estão comemorando o fim da Olimpíada de Pequim, que marca o início simbólico dos preparativos para a Olimpíada de 2012, que será aqui (neste momento, há uma festança em Trafalgar Square, a principal praça de Londres – vejam a foto abaixo).

Bem, não vou falar das atrações da cidade. Você pode conferir nos sites VisitLondon, LondonTown, TimeOut e VirtualLondon, entre inúmeros outros. Com tanto turista, a cidade é uma festa permanente. Das outras vezes em que estive aqui, achei que os ingleses não gostavam muito disso. Mas o país se abriu aos estrangeiros (possui a maior comunidade ocidental de muçulmanos e de indianos) e viu que o turismo é uma extraordinária fonte de riquezas. Pelas caras, até que os ingleses parecem estar gostando de tanta festa.

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