Outro texto do Estadão com que me identifiquei foi a entrevista de Fernando Meirelles, cujo filme “Ensaio sobre a Cegueira” estréia esta semana. Já comentei aqui sobre a admiração que tenho por Fernando, a quem conheci muito jovem e que considero, além de excepcional em seu trabalho, uma grande figura humana. Na entrevista, ele revela uma característica que, confesso, me causa inveja: não usa celular. “Não sou o Iraque para ficar sendo invadido a toda hora”, explica. Bela analogia. Conheço pessoas que simplesmente não conseguem se desgrudar do celular, como se de cada ligação dependesse o fim do mundo. E às vezes me pego quase agindo como elas. Felizmente, logo me recomponho e desligo o bichinho. Durante a viagem, como o celular quase nunca funcionasse (embora a operadora Claro tivesse garantido que sim), recebi várias ligações que se transformaram em mensagens guardadas na caixa postal. Ao voltar, descobri que quase todas não tinham a menor importância. Conclusão: a vida sem celular é bem melhor. Ou não?

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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