No balanço da Cyber Monday, ou “2a. feira cibernética”, numa tradução atravessada, os americanos mostram que continuam com apetite para gastar. Foi o encerramento do feriado de Ação de Graças nos EUA, no fim de semana retrasado. Antes, eles tiveram a “6a. feira Negra” (Black Friday), que comentei aqui, com milhares de promoções e descontos absurdos no varejo em geral. O estoque que sobrou foi liqüidado na 2a. feira, através das lojas on-line. Vejam os números, segundo a empresa de pesquisas comScore, que diz levantar dados de 50 mil sites de compra:

*85 milhões de pessoas compraram pela internet naquela 2a. feira (01 de dezembro)

*72 milhões o fizeram a partir dos computadores que usam no trabalho (era dia útil)

*Às 15hs, os pesquisadores registraram um recorde de acessos: 6,7 milhões por minuto.

Segundo The Washington Post, as promoções foram ainda mais agressivas do que na Black Friday. A loja da Apple, por exemplo, estava oferecendo frete grátis para todo o país em qualquer compra! A associação Shop.org, que criou a Cyber Monday três anos atrás, detectou um curioso hábito dos americanos: sempre após um feriado prolongado, eles voltam ao trabalho mais dispostos a consumir. A facilidade de comprar pela web vem, portanto, a calhar para essas pessoas. “Muitos não gostam de enfrentar as longas filas e congestionamentos das lojas físicas”, explica Scott Silverman, diretor da Shop.org. “Ao verem tantas promoções, eles ficam mais ansiosos para comprar, e preferem a comodidade da web”.

Nem mesmo a crise atual impediu os americanos de irem às compras virtuais. O movimento foi 18% maior do que no feriado de 2007, segundo a Shop.org. Um fenômeno, como diz Raul Vasquez, diretor da loja online do Wal-Mart. “Os clientes passam o feriado pesquisando as melhores ofertas e acabam fechando suas compras na 2a. feira”.

Isso é que é marketing bem feito, não?

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