Por três vezes, só nesta semana, tivemos problemas com a internet aqui em São Paulo. O fato vem se repetindo de modo irritante nos últimos meses, deixando à mostra um problema que, segundo muitos especialistas, tende a se agravar. Com o aumento do fluxo de dados circulando por meios digitais, os congestionamentos e blecautes devem se tornar mais comuns, já que a rede não é atualizada com a mesma velocidade.

Já comentei isso aqui, a propósito da inacreditável quantidade de vídeos que são despejados a cada minuto no YouTube (e nos sites similares de todo o mundo). De fato, é um problema mundial. Mas os apagões da internet, comuns no Brasil, têm outras causas. Nos EUA e na Europa, quando acontecem, são motivo de escândalo; aqui, não se vê nenhuma autoridade (alô alô, dona Anatel!) comentar as falhas das operadoras que comandam o sistema. Quase todas divulgam números estratosféricos de investimento, mas os blecautes continuam acontecendo.

Repetindo o que ouvi de um colega americano, isso só muda se os usuários decidirem, de fato, protestar contra esse péssimo serviço, e até boicotá-lo, usando para isso todas as armas legais possíveis. O problema é que, no Brasil, esses mesmos usuários, que sabem tudo sobre a novela das 8 ou sobre a última contratação do Corinthians ou do Flamengo, são incapazes de dizer, por exemplo, o nome do ministro da Educação. Brasil é cultura?

A propósito do You Tube, alguém pode explicar como se coloca tanta bobagem lá? O tal congestionamento digital poderia ser perfeitamente evitado se as pessoas se limitassem a registrar e postar somente vídeos que tenham algum grau de utilidade. Ou não?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *