Como é bom ler e conversar com pessoas inteligentes e esclarecidas (duas qualidades que nem sempre andam juntas)! Sou fã do professor e escritor Demetrio Magnoli, que escreve semanalmente no Estadão e em O Globo. Recomendo a todo mundo. Muitos de seus artigos podem ser lidos neste site. Formado em Geografia Humana pela USP, seus textos e suas aparições na TV equivalem a verdadeiras aulas, para quem quer entender o mundo de hoje, sem preconceitos, nem ideologismos.

Um dos mais recentes artigos de Magnoli disseca a questão das cotas para negros nas universidades. Fiquei até com inveja, porque gostaria de ter escrito aquele texto (mas sei que não seria capaz), que retrata bem o que penso sobre o assunto. Quando comentei aqui ontem sobre o jornalista Mino Carta, quis me referir também à atuação dos intelectuais brasileiros, de modo geral. Mino e Magnoli estão entre os melhores nessa categoria: pessoas de boa formação que estudam e pensam o Brasil sob a perspectiva de melhorá-lo. Pode-se discordar deles, mas é inegável que contribuem com seus largos conhecimentos para ampliar o nível do debate em torno das soluções possíveis para os problemas do País.

Nesse sentido, fazem muito mais do que os intelectuais que se engajam em partidos políticos e, a partir daí, começam a sofrer “desvios de idéias” em nome da conquista (ou manutenção) do poder. Ou aqueles artistas que fazem fila para beijar a mão dos políticos pedindo verbas oficiais. Dessas duas categorias, o Brasil não precisa.

 

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