Outra estatística interessante que nossa equipe colheu esta semana: o número de filmes e shows lançados em Blu-ray dobrou no ano passado, de 250 para 500. E, já neste mês de janeiro, temos cerca de 100 novos títulos no mercado. Nesse ritmo, chegaremos rapidinho a mais de 1.000, justificando então a montagem de – qual seria a palavra? – “bluraytecas”. A melhor notícia é que os preços finalmente começaram a cair, alguns já atingindo a marca de R$ 49, o que não é ideal, mas convenhamos que bem mais acessível. Devem cair mais, assim que a Microservice começar a distribuir seus discos virgens feitos em Manaus, já que hoje todos os discos Blu-ray são importados. Quem sabe cheguemos até meados do ano com os preços na faixa de R$ 30!

O problema, que nossa equipe também levantou, está na qualidade desses discos que estão chegando às lojas. Não os discos em si, mas os conteúdos. Algumas distribuidoras insistem em economizar usando discos de camada única, onde cabem 25GB de dados. Embora isso seja equivalente a cinco ou seis DVDs, quando se trata de Blu-ray, com imagem em alta definição e áudio sem compressão, torna-se insuficiente; ainda mais para incluir o festival de extras e materiais adicionais que circulam pelo mercado americano, por exemplo. Seria preciso adotar os discos de dupla-camada, que têm 50GB. Numa comparação lado a lado, constatamos que títulos de grande apelo – como A Era do Gelo 3, Ultimato Bourne e Uma Noite no Museu – ganharam versão nacional com áudio Dolby Digital 5.1 e sem extras, quando as versões americanas têm som Dolby TrueHD e/ou DTS HD-Master Audio, além de todo tipo de extras.

Algumas distribuidoras alegam que não têm acesso aos mesmos materiais dos americanos, o que pode ser verdade quando se trata de venda de direitos (uma distribuidora independente brasileira compra o filme da produtora americana). Mas, sendo as duas versões do mesmo estúdio, não há muita lógica nisso. Fox, Warner, Disney e demais empresas de Hollywood deveriam (e poderiam) lançar aqui o mesmo conteúdo de lá, e certamente haveria mercado, pois quem está comprando Blu-ray atualmente é aquele usuário que realmente gosta de cinema e aceita pagar mais.

Uma curiosidade: vários filmes já estão saindo nos EUA com legendas até em português. Tenho, aliás, um amigo brasileiro que trabalha em Los Angeles fazendo exatamente isso: tradução de legendas e dublagens. É a tal globalização. De qualquer modo, vamos continuar de olho nas versões que mandam para cá. E se alguém aí tiver algum outro caso do gênero para nos contar, fique à vontade.

15 thoughts on “Blu-ray, cada vez mais acessível

  1. Vou falar de novo a mesma coisa: no Brasil não se reduz custo sem perder em qualidade.
    No outro dia falou-se aqui a respeito do barateamento dos players. E eu falei que se um player desses descer pra menos de R$900,00 é porque os componentes internos sofreram redução de qualidade.
    Parece que o mesmo ocorre com o disco de blu-ray. O preço até cai, mas qualidade cai junto. É exatamente o que ocorreu com o dvd (será que sofremos de perda de memória?!). Tivemos de tudo: falta de extras, imagem péssima, som 2.0 (quando o filme era originalmente gravado em 5.1), mixagem de áudio ruim, legendas dessincronizadas e etc.
    A mesmíssima coisa está e vai acontecer com o blu-ray. É uma pena, sabendo-se do alcance que uma mídia dessas pode ter.
    Não acho vantajoso ter o blu-ray de pobre e o blu-ray de rico, apenas o blu-ray.

  2. Só uma correçao: os filmes A Era do Gelo 3 e Noite no Museu 2 sairam com audio Dolby Digital 5.1 somente na versao para as locadoras, e posteriormente foi lançada a versao com os audios em HD.

  3. Observem bem que os títulos mencionados são da Fox, a pior produtora em Home Vìdeo hoje no Brasil, escolha feita pelos colecionadores brasilEiros. Veja mais no link abaixo:

    http://www.blogdojotace.com.br/resultado-do-premio-bjc-2009/

    Além de ser a pior do Brasil, quase levou o título de pior Blu-ray do ano passado (Era do Gelo 3 ficou em segundo lugar)

    O amigo Andreem, que escreveu o segundo comentário acima, se equivocou: os Blu-rays de Era do Gelo 3 e Uma Noite no Museu com extras limados sairam pra venda direta também. Quem comprou se decepcionou.

    E sobre títulos ruins no Brasil que o Orlando perguntou, a Imagem Filmes MUTILOU a imagem de alguns filmes em Blu-ray para ficar em tela cheia nas TVs wide, limou extras e áudio. mais detalhes no link abaixo:

    http://www.blogdojotace.com.br/caray-blu-rays-da-imagem-filmes-sao-de-banca/

    A Europa Filmes também fez o mesmo em alguns BDs do seu catálogo.

    Parabéns pelo post, temos realmente que denunciar esse tipo de prática no Brasil. Também temos direito a produtos de qualidade.

  4. LAMENTAVEL !!!
    Esse é o título para essa matéria acima pois , investimos num dvd player blu-ray , para o máximo de aproveitamento em DTS HD ,TRUE HD ,por aqui alguns títulos apenas audio 5.1 dolby digital. BRASIL LAMENTAVEL COM PRODUTOS DE BAIXA QUALIDADE !!
    Fica dificil ,pois sermos apaixonados por tecnologia e aqui não acompanham a evolução tecnológica!!!!
    ESSE É O BRASIL QUE ATÉ HOJE EM PLENA CAPITAL SÃO PAULO, O SISTEMA DIGITAL NÃO ESTÁ 100 % !!!FICO INDIGNADO !!!
    Um abraço a todos .

  5. É por essas e outras que só compro no exterior, se realmente os estudios EUA lançarem seus títulos com legenda em Português será melhor e mais barato comprar por lá.

    Um player PIONEER de Bly-Ray está custando R$ 170,00 dólares algo em torno de R$ 300,00.

    ISSO MESMO TREZENTO REAIS!!!!

    Um player TEC TOY CUSTA 900 REAIS!!!

    ISSO É BRINCADEIRA!!!!

  6. Porque aqui tudo deve ser mais caro e um pouco pior? Minha filha me trouxe de NY o blu ray “Julieta Venegas” gravado pala MTV Mexicana. Fiquei impressionado com a qualidade da imagem e do som 5.1 pcm. Belas músicas inéditas e participação de Mariza Montes – sencacional, recomendo.
    É o meu BD de referência hoje – custou 25$.
    Peretti

  7. Deveria os inventores do bluray criar uma comissão que fiscalizasse a qualidade dos discos, pois se acontecer como nos DVDs onde há filmes com imagem e som pior do que VHS vai ser uma desmoralização para a tecnologia

  8. SOCORRO !!!!
    Alguém tem que tomar providencias !!! Compramos blu-ray com tecnologia TRUE HD, DTS HD MASTER AUDIO ,PCM para aproveitarmos ao máximo a qualidade sofisticada em audio e video e infelizmente aqui no Brasil , lançam filmes em blu-ray sem essas características!!!!
    NÃO É BRINCADEIRA , ISSO É SÉRIO ALGUÉM TEM QUE TOMAR PROVIDENCIAS , E NÃO PODEMOS ACEITAR CALADO ESSE TIPO DE ATITUDE NOS FILMES BLU RAY FABRICADOS AQUI SEM QUALIDADE ALGUMA!!!!
    VC comprou um dvd player blu-ray -preço alto- e aqui no Brasil nos ofereçem a midia do jeito que eles querem !!!
    VAMOS NOS MOVIMENTAR CONTRA ESSA FALTA DE QUALIDADE e o pior ; FALTA DE RESPEITO AO NOSSO INVESTIMENTO . TEMOS QUE EXIGIR ; TRUE HD E DTS HD MASTER AUDIO ..
    E MAIS ; VAMOS COMPRAR OS IMPORTADOS COM QUALIDADE (LEGENDAS EM PORTUGUES) . TENHO INTERESSE ; meu e-mail ; [email protected]

  9. Acho que está explicado porque a maioria dos filmes que assisto em meu TV SONY FULL HD deixa muito a desejar. É a “bendita” qualidade das mídias que como mencionado acima “aqui no Brasil é de má qualidade” e isso porque estamos em uma globalização!!!

  10. eu to gostando dos precos vou esperar mais um puquinho com serteza vai baixa lembrao q a um ano atras a sony vedia um aparelhor por 3.500 reai agora ta em 10 de 79.90

  11. para o amigo Renato Manoelem, concordo, a qualidade dos DVDs cairam demais, e sem contar o proprio aparelho, que antes tinhamos diversas conexoes, e hj é raridade encontrar algum aparelho com saida digital optica, isso nao existe mais, ate mesmo a sony, barateou o DVD Player e economizou nas conexoes.

  12. Que tal alguém ou mesmo a revista montar uma lista dos títulos sem qualidade para que possamos consultar antes da compra, assim poderemos não adquirir e estando esta lista exposta e acessada por um grande número de consumidores, as empresas responsáveis por lançarem estes títulos passem a colocar produtos de qualidade. Não tenho conhecimento em informática para montar esta página, mas se a revista fizer, teremos mais força.

  13. Desde de 2007, uso a technologia Blu-ray. Adquiri o BDP-S1 na Sony Style, em Las Vegas, quando estive presente na CES, em Janeiro daquele ano. Sempre que há atualização, a Sony me manda o CD. Hoje, já está na versão 5.10. Aqdquiri, também, o BDP-S560.
    Como aqui, no Brasil, PAÍS DOS EMPRESÁRIOS, porque são eles que mandam mesmo, não temos governo que olhe pelos consumidores, vou em torno de duas vezes por ano aos Estados Unidos e trago todas as minhas mídias de lá. Mesmo, às vezes, tendo que pagar impostos, mas tenho o que quero.
    Sinceramente, aqui no Brasil, quanto menos se ganha mais caro se paga! E o que é pior: a baixa qualidade de tudo.
    Atenciosamente,
    Paulino.

  14. Não era pra ser nenhuma novidade o BD produzido nos EEUU já vir com legenda ou até tradução em português, já que estamos na mesma região. No caso, região 1.

  15. É como sempre digo, para paratear algo cai a qualidade, senão o blue-ray não pega por aqui, eu irei demorar muito para ter um player desse em casa, não pagarei por mais esse abuso, player caro e disco idem, por isso torcia para que o hd dvd tivesse pegado, pois tudo já estava instalado, pronto para nos presentear com uma tecnologia de alta definição, mas as produtoras e a sony mais uma vez quer empurrar os mesmos títulos a preços exorbitantes, e aqui nem sequer neguinho sabe o que é hd…

    E ainda tem gente que critica o player da toshiba, pois se ele trazer o que promete, fazer um up para dar um gás no dvd, me aproximando do hd, não compro de forma alguma um player blue-ray tão sendo, por enquanto, vivo feliz no meu plasma de 50 e o meu midia center, lindinho e espaçoso hds instalados, com todos os meus dvds full ( 9,5gb ) tocando lindinho neles, nos tvs da minha casa, agora, preso a um único player na sala, sem distribuir no restante da casa, de forma alguma compro um blue-ray, mas quem sabe eu queime a lingua e compre um a 150,00 reais, ai quem sabe….

    Como queria um hd dvd, por isso já até sabia que ia acontecer…

    José Luiz G Martins

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