Nao, nao sao os argentinos. Me refiro aos mexicanos da Univision, rede de televisao que esta transmitindo os jogos da Copa do Mundo para os paises de lingua espanhola da America Latina, e tambem para os EUA. Estou em Nova York e neste domingo assisti ao jogo do Brasil narrado em castelhano. Antes de contar a historia, tenho que pedir desculpas por estar escrevendo sem acentuacao. Troquei de computador esta semana e algum problema misterioso impede que os acentos aparecam quando deviam; alias, nao so os acentos, mas tambem as cedilhas. Espero que de pra entender.

Bem, futebol nunca foi o forte dos americanos, como sabemos, e eles jamais deram importancia a Copa do Mundo. Para eles, vale mais o campeonato nacional de beisebol, que – numa comprovacao de que se lixam para o resto do mundo – tem o nome de “World Series”. Mas, desta vez, parece que e diferente. Ja vi em muitos bares e restaurantes a televisao ligada na Copa, com as pessoas vibrando quase como no Brasil. Isso tem tres explicacoes possiveis. A primeira e que a selecao de futebol dos EUA vem se destacando ultimamente e eles tem todo direito de achar que podem ir longe nesta Copa. Segundo, a ESPN (que pertence a Disney) adquiriu os direitos de transmissao para America do Norte e Brasil, e com certeza ve-se obrigada a fazer uma boa cobertura da Copa – embora o jogo do Brasil tenha sido trocado, na grade da emissora, por um torneio de beisebol universitario…

A terceira razao e que estou em Nova York, e aqui parece haver mais estrangeiros do que americanos. Vi hoje dezenas de pessoas na rua com a camisa da selecao brasileira. Devido ao fuso horario o jogo aconteceu as 14 horas, ou seja, em pleno horario de almoco. Um restaurante que nao tenha televisao corre o risco de ficar vazio.

5 thoughts on “A Copa de los hermanos

  1. Oi Orlando, leio sempre seus artigos, para a acentuação funcionar, configure o teclado para US-International. Abs!

  2. Caro Orlando,

    Não é só em Nova York. Lí várias matérias em jornais dos EUA que falavam sobre a grande audiência dos jogos nos EUA. Ok, o número de latinos é cada vez maior, estrangeiros das mais diversas nacionalidades idem, mas a coisa parece estar mudando. Se até então o futebol era jogado pela maioria das garotas nas escolas primárias e secundárias, hoje os homens parecem preferi-lo. Em muitos locais há muito mais gente jogando soccer do que football e bassball JUNTOS! Incrível. E com o investimento que as grandes empresas de material esportivo, entre outras, fazem para se associar ao “nosso” futebol, a coisa vai ficar ainda maior. Não posso nem imaginar o futebol como esporte nacional dos EUA, considerando a grana, mídia e infraestrutura que os EUA tem.

    Abs

    Julio Cohen

  3. É verdade, Julio, mas o difícil é convencer o americano de que um esporte cujo objetivo é marcar pontos possa terminar 0 x 0 !!!E ainda assim, o time ganhar um Campeonato Mundial!!! Creio que ainda vá demorar algumas décadas.

  4. Roberto, não me assustaria nem um pouco se, com o passar dos anos, “flexibilizassem” as regras para tornar o jogo mais dinämico (ou que mais gols fossem marcados), para adequa-lo ao gosto dos americanos. Fizeram com o völei para aumentar o público e permitir partidas mais dinämicas para os que assistiam pela TV e deu certo. Vamos ver!

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