Sob o título “O hacker do bem”, o Estadão de domingo trouxe interessante reportagem sobre Pedro Markun, um rapaz de 24 anos que – ao contrário de muitos de sua idade – prefere usar a internet não apenas para se divertir, nem espalhar vírus ou piratear conteúdos alheios, mas para propagar causas nobres. Uma delas: criar uma espécie de clone do “Blog do Planalto” em que, ao contrário do original, as pessoas podem comentar as notícias. Sim, é verdade, o governo brasileiro deve ser um dos poucos do mundo que mantém um blog que não é blog, apenas um informativo para inglês ver. Bem, mas essa já é outra história.

O fato é que Pedro conseguiu, a partir de seu interesse pela web, reunir em torno de si várias pessoas que procuram executar atividades úteis para a comunidade usando seus conhecimentos sobre novas mídias. Foi dele, por exemplo, a iniciativa de criar um site para ajudar as vítimas das enchentes do ano passado em Pernambuco e Alagoas. “A tecnologia só tem relevância se servir para alguma transformação social”, diz ele, sabiamente. É o chamado “web-ativismo”, que no caso já deixou de ser mera militância para se tornar uma atividade profissional – a empresa de Pedro presta serviços a ONGs, universidades e outras empresas, sendo remunerada por esse trabalho.

É vendo iniciativas como essa que se chega à conclusão de que, apesar das aparências, nem tudo está perdido.

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