Num país que não dá a mínima para a educação em geral, falar em televisão educativa às vezes beira o surrealismo, como se estivéssemos falando de outro planeta. Mas o fato é que temos agora uma chance, embora mínima, de virar esse jogo, digo, fazer com que as emissoras criadas para educar realmente cumpram seu papel. O Ministério das Comunicações abriu, nesta quinta-feira, consulta pública para definir os procedimentos que irão orientar a concessão de novos canais educativos. Segundo o site Tela Viva, a ideia é que, a partir de agora, só sejam aceitos proponentes que cumpram regras prévias de habilitação, dando-se prioridade a universidades e fundações que tenham maior número de alunos.

Se for isso, ótimo. Melhor ainda se o Ministério conseguir fazer com que as atuais 764 emissoras educativas em atividade no país (459 de rádio e 305 de TV) deixem de ser meros instrumentos políticos e/ou cabides de emprego, como infelizmente é a regra. Vamos aguardar.

A consulta dura 30 dias. Portanto, os interessados no assunto têm até o final de abril para dizer o que esperam de um canal de TV educativa.

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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