Depois da HP lançar o primeiro computador desktop com tela de toque, agora é a Dell quem coloca no mercado brasileiro o primeiro monitor desse tipo, com 21,5 polegadas e painel IPS. As telas touchscreen, como se sabe, ganharam popularidade mundial após o êxito do iPhone e, depois, do iPad. Ambos criaram novas categorias de produto e passaram a ser copiados por dez entre dez fabricantes – a tal ponto que a Justiça americana analisa atualmente uma série de litígios entre empresas que detêm patentes nesse campo; o mais ruidoso desses processos envolve justamente Apple e Samsung, ambas acusando-se mutuamente de “roubo de ideias”.

Apesar do sucesso em celulares e tablets, a tecnologia touchscreen ainda enfrenta resistências quando se trata de telas maiores. Isso se deve basicamente a dois problemas: a perda de qualidade quando se muda o ângulo de visão e a imprecisão na reprodução das cores. Os painéis IPS (In-Plane Switching) são mais uma tentativa dos fabricantes de displays de cristal líquido de contornar essas falhas. Nos painéis LCD convencionais, os eletrodos que acionam as células de cristal líquido são alinhados verticalmente, num processo demorado para a quantidade de pixels que se propõem a ativar; nos IPS, esse alinhamento é mais preciso e ocorre na horizontal, num plano paralelo ao do display. Ganha-se muito em ângulo de visão, tempo de resposta e nitidez das cores.

Ainda são poucos os fabricantes que dominam a tecnologia IPS, mas a maioria dos especialistas concorda que os displays touchscreen têm forte apelo junto ao consumidor. Pessoalmente, continuo achando complicado digitar diretamente na tela, independente do tamanho. O sucesso ou fracasso do monitor Dell pode dar boas pistas sobre como o usuário brasileiro encara essa novidade.

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