Esqueci de comentar na sexta-feira sobre a demonstração que vimos no estande da Samsung, com o TV que tem sensor para reconhecimento de voz. Foi, de fato, uma experiência diferente: dez pessoas reunidas numa sala fechada assistindo a demonstradora “conversar” com o televisor. Todo mundo tinha que ficar em silêncio, para não confundir o aparelho… Este, é claro, só pode reconhecer uma voz de cada vez, devidamente registrada em sua memória (vejam este vídeo).

Os defensores desse tipo de recurso afirmam que nada é mais natural numa conversa do que a voz humana. Portanto, em vez de acionar botões ou colocar os dedos na tela – ou mesmo gesticular freneticamente (vejam este video), como no caso dos dispositivos do tipo Kinect, da Microsoft, e agora também do Magic Motion, da LG – por que não “conversar” com seus aparelhos? O modelo da Samsung funciona com um sensor que também identifica alguns comandos a partir de gestos do usuário. Pela voz, pode-se trocar de canal, aumentar o volume, localizar na memoria um filme que esteja gravado, essas coisas. Não tem (ainda) previsão de chegar ao mercado.

Após entrar mudo e sair calado da demonstração, fiquei pensando como seria usar um aparelho desses no dia-a-dia. Numa família com quatro pessoas, apenas uma teria o “direito” de controlar o TV; os outros teriam que concordar ou sair da sala… Pensando bem, é briga na certa!

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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