O site inglês AV Interactive lembrou na semana passada uma data histórica. Foi em abril de 1972 que a Philips lançou comercialmente o videocassete de uso profissional, modelo N1500 (foto). Logo depois, a Panasonic colocou no mercado o gravador de rolo, com fita magnética de 1,5″, semelhante ao da foto abaixo. Os dois produtos deram início à era do vídeo, até então exclusividade das grandes emissoras de televisão. Surgiram as produtoras independentes e milhares de empresas pelo mundo afora começaram a produzir seus próprios vídeos, inaugurando um mercado que, portanto, chega agora aos 40 anos.

 

 

 

Pode parecer pouca coisa, mas foi ali que o mundo real – fora dos estúdios de cinema e das emissoras de TV – começou a exercitar sua criatividade, em termos de criação audiovisual. Em 1973, surgiu o gravador U-Matic, com fita de 3/4″, e as primeiras câmeras portáteis de vídeo; em 1975, veio o videocassete doméstico Betamax, da Sony, logo superado pelo VHS, da JVC, ambos com fita de 1/2″. As fitas magnéticas reinaram absolutas até 1997, quando nasceu o DVD, e ainda são consideradas imbatíveis em algumas aplicações.

É curioso lembrar dessas datas, num momento em que as mídias físicas são questionadas por todos os lados. Há quem afirme que fitas e discos não servem para mais nada, superados pelos downloads e uploads da vida. Pode ser. Mas uma cena que presenciei outro dia me fez duvidar.

No escritório de uma grande empresa, em São Paulo, funcionários se agrupavam em torno de uma impressora, sacando dali montanhas de papéis que deviam conter preciosos documentos. Embora aquelas informações estivessem salvas em poderosos computadores, alguém determinou que, just in case, fossem feitas cópias impressas. Se bobear, os mesmos documentos estão guardados também em discos, quem sabe até em fitas..

Pois é, just in case.

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