No evento da LG, conversei também com Pablo Vidal, diretor de marketing da empresa, que ocupou o mesmo cargo na LG Espanha e desde o ano passado está no Brasil. Com sua larga experiência em marketing, Vidal foi encarregado de executar a estratégia da LG para desbancar sua grande rival Samsung da liderança. Já comentamos aqui sobre a disputa histórica entre as duas gigantes coreanas. Até agora, a Samsung – que como grupo é muito maior – tem conseguido se manter à frente.
O maior campo de batalha, é claro, está no segmento de TVs. A decisão da LG foi sair sempre na frente com produtos novos, como aconteceu com o TV 4K, lançado em novembro nos principais mercados internacionais, e deve se repetir agora com o OLED. “É a forma que visualizamos para crescer nossa participação no mercado”, me disse Vidal. “Precisamos dominar as novas tecnologias e trazer para o Brasil tudo que há de mais avançado. Não apenas em TVs, mas em smartphones, linha branca etc. O consumidor acaba percebendo que estamos à frente da concorrência.”
Dos produtos exibidos hoje, podem ser enquadrados nessa filosofia, por exemplo, o sistema de ar condicionado Inverter, que esteriliza o ar e mantém partículas de água no ambiente, tornando-o menos seco; o notebook conversível (foto), cuja tela de 11,6″ pode ser acionada pelo modo convencional, via teclado, ou pelo toque dos dedos; o monitor IPS de 23″ multitouch (as funções podem ser acionadas pelos dedos em até dez pontos da tela); e o smartphone Optimus G, o primeiro que funciona em 4G (sai ainda este mês e vai custar R$ 1.999); este, na verdade, não foi apresentado hoje.
Outro assunto que comentei com Vidal foi a questão do aumento do consumo, que para alguns parece artificial, já que direcionado pelo governo. Será que isso se sustenta? Continuará a chamada classe C comprando como fez até agora? “Sim”, responde o executivo da LG. “As pessoas estão conseguindo satisfazer suas necessidades. Isso fica claro nas pesquisas que realizamos para saber o que deseja o consumidor. Costumo dizer que todos os nossos produtos têm que ser premium, mesmo aqueles mais acessíveis. Premium não significa, necessariamente, caro. Precisamos ter produtos para todo tipo de consumidor.”
Seria bom se eles também se tornassem lideres em bom atendimento aos clientes. Não adianta só vender e não prestar assistência técnica adequada.
Produtos mais duráveis também seria bom.