worldkitUltimamente, as bolas de cristal têm andado um tanto embaçadas. A quantidade de futurólogos aumenta na mesma proporção em que surgem inovações tecnológicas – e estas, como se sabe, nascem quase todos os dias. Sim, a maioria das previsões não se concretiza, mas como as pessoas têm memória curta os mesmos profetas continuam em ação.

Um dos segmentos em que mais se tem evoluído é o dos displays. Além da alta e da altíssima definição, a descoberta das superfícies sensíveis ao toque abriu um vasto horizonte para experimentações. Não estou falando de tablets e smartphones, mas de um novo campo científico que pode nos levar a um mundo muito mais interativo. Não vou aqui dar uma de futurólogo, mas acho empolgante imaginar o que pode surgir, por exemplo, do projeto WorldKit. Trata-se de um laboratório de pesquisas especializado em interação homem-computador, vinculado à Universidade Carnegie Mellon (CMU), de Pittsburgh (EUA). Professores e pesquisadores partiram de um princípio simples – o uso de câmeras acopladas a projetores – para criar telas touchscreen sobre superfícies como paredes, mesas, portas e até sofás (vejam o vídeo de demonstração).

“A câmera identifica a superfície e um sensor gera informações que permitem projetar imagens interativas, de tal maneira que o usuário, com as próprias mãos, pode mover objetos ali”, explica, de forma bem simplificada, o prof. Robert Xiao, um dos idealizadores do projeto. Um segredo está no tipo de câmera, a mesma utilizada em aparelhos como o Kinect, sensor de movimentos do videogame Xbox. Um software faz a combinação das informações captadas pela lente da câmera, que acionam as respostas do projetor.

Este site explica tudo com mais detalhes, em inglês. Mas é preciso ver as imagens para acreditar.

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