A HBO, maior programadora de TV paga do planeta, anunciou na semana passada uma iniciativa ousada: “É hora de remover todas as barreiras para quem quer nossos conteúdos”, disse com todas as letras o CEO Richard Plepler, falando a acionistas e investidores do conglomerado Time Warner, dono da empresa. Não se sabe se isso tem a ver com as mudanças no grupo, que acaba de ser adquirido pela Comcast (o negócio ainda está pendente de aprovação pelas autoridades americanas de defesa da concorrência). Mas o fato é que, se cumprir o prometido, a HBO será o elefante na loja de cristais do mercado de TV por assinatura.

Basicamente, a promessa é lançar um serviço de video-on-demand independente das operadoras. Hoje, a empresa oferece o HBO Go em vários países, inclusive no Brasil – para quem é assinante de pacotes da NET, Claro e Sky que contêm os canais HBO. São os pacotes mais caros e, ainda assim, diz Plepler, as vendas não param de crescer. Se a ideia vingar, você poderá adquirir filmes e séries da HBO sem ter que comprar assinatura nenhuma.

Antes de sair comemorando, lembre-se de que, para vender um serviço como esse, a HBO precisará contar com algum parceiro provedor de banda larga, ou com vários. Poderia ainda fazê-lo, quem sabe, com os fabricantes de TVs smart, que hoje oferecem Netflix, YouTube e outros serviços. Mas essa atitude significaria comprar uma boa briga com as operadoras tradicionais.

Valerá a pena?

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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