Saiu mais um relatório trimestral do DEG (Digital Entertainment Group), entidade que coordena os números dos distribuidores de conteúdo em vídeo. Nenhuma novidade que os meios digitais estão avançando, mas agora, pela primeira vez na história, a receita da distribuição online acaba de ultrapassar a de itens físicos.

Para quem não está familiarizado com a terminologia, “físicos” são considerados discos, fitas e demais dispositivos que contêm conteúdos de entretenimento, como filmes, shows, séries, documentários etc. No campo “digital, são classificados esses mesmos conteúdos quando utilizada a internet, ou seja, downloads, streamings e as variadas formas de assinatura online. Os números se referem basicamente ao mercado americano.

No segundo trimestre do ano, o faturamento das produtoras com mídias físicas chegou a US$ 2 bilhões, uma queda de 12% em relação a junho de 2014; enquanto isso, as vendas digitais subiram 19%. Dois anos atrás, nada menos do que 62% do consumo era feito via discos (compra, locação ou assinatura); hoje, esse hábito corresponde a 48%. Inverteu-se a pirâmide.

Uma mudança importante no comportamento do consumidor: na época dos discos (já podemos falar que passou…), as vendas eram mais altas nas “datas gordas”, como Natal, Dia das Crianças etc. No domínio digital, há pouca sazonalidade: todo mundo compra (ou aluga) no mesmo ritmo durante o ano inteiro.

Impressionantes os números do chamado SVoD, categoria na qual são classificados serviços como Netflix: entre abril e junho, somaram US$ 1,2 bilhão, quase empatando com US$ 1,65 bilhão das vendas físicas.

E uma péssima notícia para quem (ainda) possui uma videolocadora: esse mercado é hoje apenas um terço do que era em 2013! Vejam abaixo os dois gráficos:

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