Numa saudável brincadeira virtual, amigos do Facebook se puseram a coletar palavras ou expressões atualmente comuns, inclusive entre doutores e jornalistas, mas que não disfarçam a sensação de vazio – e se desgastam rapidinho. Todo mundo já leu, ouviu, quem sabe até usou coisas como “focar”, “interagir”, “agregar valor”, “resiliência” e o sinistro “empoderamento”. À lista podem-se somar todos os neologismos da língua inglesa que grassam por aí: “deletar”, “brausar” (ou seria “brausear”???), “inicializar” (pior ainda: “estartar”) etc. Bem, leiam o artigo que gerou toda a discussão.
Cito aqui o caso a propósito dos inúmeros termos usados no segmento de tecnologia e que, ou não têm tradução mesmo, ou as pessoas tiveram preguiça de procurar e acabaram adotando o original, embora nem sempre fiel. Esta semana, foi anunciado o início do serviço ESPN Play, que vem na cola de outros similares (Globosat Play, HBO Go, Fox Play…). Para quem é assinante de uma operadora que ofereça os canais ESPN, será possível acompanhá-los não só no TV, mas em dispositivos móveis sempre que houver sinal de banda larga por perto.
É o que o mercado decidiu chamar de “TV Everywhere” – e não se sabe por que não “TV em todo lugar”. A ESPN informou também que os usuários poderão utilizar o formato “catch-up”, em que é possível rever programas ou eventos já exibidos nos canais normais; além de solicitar “on-demand” (ou seja, na hora desejada) mais de 600 conteúdos de catálogo da emissora.
É mais ou menos o que começa a acontecer agora com o Canal Viva, da Globo, que passa a oferecer novelas antigas “por demanda” (agora sim!), e com o próprio Globo Play, que já comentamos aqui. É um movimento sem volta, da televisão tradicional em direção à internet. Ou seja, let’s go!
Para quem se interessa pelo tema, vale a pena conhecer um pouco mais sobre a empresa Sofá Digital, que comanda hoje a distribuição online de conteúdos para Netflix, Now e outras das principais plataformas.