Para quem trabalha com automação residencial, a notícia teve grande impacto: a Control4, uma das marcas líderes mundiais atualmente em sistemas residenciais, foi comprada pelo grupo SnapAV, que nos EUA é fortíssimo nos segmentos de segurança, monitoramento e soluções para redes. Oficialmente, o que houve foi uma fusão, resultando numa empresa de 1.200 funcionários e com fortes laços entre as revendas especializadas na América do Norte.

No Brasil, a Control4 é representada pela distribuidora Disac, enquanto o SnapAV não tem representante oficial; apenas duas de suas 12 marcas – Wattbox, gerenciamento de energia, e Autonomic, sistemas de áudio multiroom – são distribuidoras pela nova empresa paulista Arch Technologies. 

E o que pode mudar com essa fusão? O mercado está aberto a especulações, mas é fato que as duas empresas parecem ter sido feitas uma para a outra. Podem agora oferecer aos integradores especializados um leque de soluções whole-house, combinando segurança, controle de energia, monitoramento remoto e tudo mais que, sabemos, um sistema de automação pode proporcionar. Esse modelo é meio caminho para algo que nenhum provedor de automação conseguiu até hoje, como lembra o site CE Pro: garantir a interoperabilidade entre produtos e sistemas de marcas e concepções diferentes, de modo que o usuário não tenha que se preocupar com a palavra “compatibilidade”.

Um dos achados da SnapAV é o que se chama RMS (Remote Managed Services), comum em projetos corporativos mas muito difícil de implantar (e manter) em residências. Trata-se de contratar um provedor pagando mensalidade para que ele instale e dê suporte total aos equipamentos instalados – do modem de banda larga ao ar condicionado.

Nesse modelo, o usuário não tem de se preocupar com as marcas, a manutenção de seus aparelhos, como estão conectados etc. Tudo é monitorado 24×7 pela nuvem, a partir do servidor localizado na sede do provedor. Este pode ser acionado via WhatsApp ou SMS a qualquer momento. E, além de solucionar falhas, pode até antecipá-las com base na análise de como os recursos da casa estão sendo usados. 

Num exemplo bem prático: se uma lâmpada está prestes a queimar, o provedor tem como detectar e providenciar a troca antes que o dono da casa perceba; se o consumo de energia está muito alto, o sistema é capaz de identificar a origem e mandar o suporte. A maioria dos problemas podem ser resolvidos online, reduzindo custos com visitas e causando menos aborrecimento aos usuários, que às vezes nem ficam sabendo do ocorrido.

 

 

Melhor ainda: a SnapAV criou uma plataforma cloud chamada OvrC (de oversee, que significa “supervisionar”), em que seus integradores credenciados podem fazer todo o monitoramento dos sistemas que instalaram e ainda, como numa rede social, trocar informações entre si, e com técnicos da empresa, para encontrar as melhores soluções. Este vídeo mostra como funciona.

É isso que podemos chamar home automation analytics. Ou, se preferirem, uma forma mais inteligente de controlar uma casa inteligente. Em breve, notícias a respeito também no Brasil. 

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