Recentemente, comentamos aqui sobre a volta da Polyvox, marca ícone do áudio brasileiro nos anos 1970/80. Também há pouco tempo, tivemos o relançamento da Marantz (através da distribuidora Disac), referência em áudio de qualidade há quase 70 anos. E agora outra distribuidora, a Audiogene, traz de volta a canadense Paradigm, que até a década passada esteve entre as principais no segmento de caixas acústicas e nos últimos anos não teve distribuição regular.

É interessante observar esses ciclos das marcas no mercado de áudio e vídeo. No início deste ano, a celebrada Bose retirou-se do Brasil após debater-se durante anos com a falta de um distribuidor fixo, o que sem dúvida contribui para “queimar” a imagem de qualquer marca. KEF, Pioneer, JVC e Tannoy são outros exemplos – entre tantos – de marcas que fizeram sucesso por algum tempo e acabaram perdendo espaço pela falta de um esquema confiável de distribuição e suporte.

O que nos remete, em época de Black Friday, à questão do comércio informal de eletrônicos no país. Se antes os produtos eram trazidos “na mala” do Paraguai, Miami, Panamá etc., hoje a própria internet se encarrega do serviço. São dezenas de lojas virtuais com ofertas de caixas acústicas, receivers, amplificadores, projetores e diversos outros itens, importados sabe-se lá como, em que o comprador assume todo o risco (da entrega e da qualidade do produto), já que não terá a quem reclamar depois.

Será que as marcas comercializadas hoje dessa forma vão durar muito tempo no mercado?

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