Está em quase todos os jornais a crise da companhia aérea American Airlines. Nos últimos dias, a empresa teve que cancelar centenas de vôos por motivos técnicos. A FAA (Federal Airlines Agency), equivalente à nossa Anac, mandou fazer vistoria técnica em todos os aviões MD-80, alegando problemas com o trem de pouso. A AA tem mais de 300 desses aparelhos.
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Eis aí um belo case de marketing e comunicação. Ou não? Quantos executivos brasileiros você conhece que seriam capazes de tomar a mesma atitude diante de uma crise como essa? Vimos recentemente os casos da Gol e da TAM, só para ficar em dois exemplos similares. Mas não são apenas as companhias aéreas. Assumir responsabilidades, ainda mais de público, é algo que nem passa pela cabeça da maioria dos executivos e empresários tupiniquins. A regra geral, infelizmente, é o velho “tirar da reta”, ou colocar a culpa no governo, ou então simplesmente sumir de cena e não atender a imprensa.
Ou seja, as empresas, ao contratarem seus executivos, não estão lá muito preocupadas com questões banais, como ética, transparência, responsabilidade social (a não ser para fins de propaganda). Isso é coisa para nós, ingênuos. Um executivo como o sr. Arpey, da American Airlines, provavelmente não arrumaria emprego no Brasil.