A Nintendo apresentou hoje em São Paulo sua mais recente revolução: o Wii Fit, acessório para o videogame Wii que permite ao usuário praticar exercícios enquanto se diverte jogando. O produto já esgotou no Japão, onde vendeu cerca de 2 milhões de unidades, e nos EUA caminha para a mesma performance. No Brasil, não há por que ser diferente.

wiifit2.jpgComo já comentei aqui, a Nintendo não é apenas uma das empresas mais criativas da atualidade. É também uma fonte inesgotável de idéias de marketing, a maioria delas bem sucedidas. O Wii Fit pode ser enquadrado nessa categoria. Não é um videogame convencional, ao contrário, nada tem da violência, corridas e labirintos comuns no PlayStation e no XBox; também não tem a qualidade de som e imagem desses concorrentes. Mas isso está longe de ser uma desvantagem. O Wii se destina a um público que não gosta de videogames, e essa é, por incrível que pareça, a principal razão de seu sucesso.

Os números divulgados hoje por Bill Van Zyll, diretor da Nintendo para a América Latina, são de impressionar. No mundo todo, já foram vendidos mais de 13 milhões de consoles da empresa, cujo mote é “put a smile on people´s faces”, ou seja, colocar um sorriso no rosto das pessoas. No Japão, seus jogos representam 83% do mercado; na Europa, 63%. O Wii, que surgiu em 2006, atingiu no final de 2007 o share de 18% no mercado americano. E, enquanto as vendas de CDs e DVDs caem, as de videogames só fazem subir (a Nintendo, diz Van Zyll, é responsável por 60% desse crescimento mundial).

O mais interessante é que o público-alvo da empresa vai de 5 a 95 anos! Sim, boa parte das campanhas publicitárias da marca em outros países é dirigida a pessoas da terceira idade, como expliquei aqui há alguns dias. Mais curioso ainda: com o sucesso da Nintendo, as mulheres – que em 2005 representavam apenas 9% do universo de gamers – hoje respondem por 31%.

São ou não são números que fazem pensar? Dê uma olhada nos sites http://us.wii.com/ e http://www.wii-brasil.com/ e entenda melhor o fenômeno.

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