Nestas semanas pré-Olimpíadas, quase tudo é festa na China. De hoje até domingo, milhares de executivos de vários países estão na cidade de Qingdao para a SINOCES, versão chinesa da Consumer Electronics Show. Pelos relatos, são cerca de 300 estandes e um público estimado em 70 mil pessoas. Esses números podem não impressionar: afinal, na CES, em janeiro, costumam aparecer cerca de 150 mil visitantes e há mais de 2 mil estandes. Mas não é isso que importa. Até o ano passado, ninguém sequer ouvia falar da SINOCES. E, como em tudo que se relaciona à China, a velocidade de crescimento do evento também impressiona.
A CEA (Consumer Electronics Association), que reúne os principais fabricantes e é quem organiza a CES em Las Vegas, acaba de divulgar estudo prevendo que, em 2009, as vendas de equipamentos eletrônicos em todo o mundo deverão atingir a cifra de US$ 700 bilhões. A China sozinha representará 15% desse total! O país já consome hoje US$ 63 bilhões em eletrônicos, crescendo a taxas em torno de 12% ao ano, e a previsão é dobrar esse número em 2010. A loja ao lado é uma das 700 da rede Suning, que fatura US$ 9 bilhões por ano (mais de três vezes a Casas Bahia).
Numa recente reportagem, a revista Exame dissecou o fenômeno chinês com outros números gigantescos, chegando à conclusão de que não tem jeito: em breve, eles serão a maior potência mundial. E é bom todos estarmos preparados para esse dia.