Tenho um amigo que diz que há tempos parou de ler jornal. Fazia isso todo dia, durante o café da manhã, mas desistiu diante da quantidade de desgraças que jorram das páginas. Ele conta que aquilo estragava seu dia logo cedo, deixando-o estressado já antes de sair para trabalhar.

Lembrei dessa história ao ler hoje no boletim Jornalistas&Cia, de meu amigo Eduardo Ribeiro, a notícia de que aumentou a circulação dos jornais brasileiros no primeiro semestre deste ano. A pesquisa é do IVC (Instituto Verificador de Circulação), autoridade máxima no assunto. No total, o aumento teria sido de 8% no número de leitores, o que – convenhamos – não é pouco. Algo que vem na contramão do que comentei aqui semana passada, sobre a queda de circulação dos jornais no mundo inteiro.

Bem, seria uma boa notícia. Afinal, a falta de informação é, na minha opinião, uma das maiores responsáveis pela miséria. Sei não, talvez não seja uma notícia tão boa assim. Quem está puxando para cima as vendas são exatamente os jornais populares, como o mineiro Aqui MG (128% de aumento), que não conheço, mas já ouvi dizer que é mesmo um fenômeno de vendas.

Os amigos mineiros que o conhecem podem se manifestar aqui: será que o pessoal lá descobriu uma nova fonte de cultura e informação? Ou é mais um daqueles que no meu tempo de repórter de jornal dizíamos: “Não pode dobrar, se não jorra sangue”?

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