Quem pensava que a idéia de criar cotas para programas nacionais nas grades das TVs por assinatura havia sido deixada de lado enganou-se. Agora, o tema mobiliza forças mais poderosas. Como a Globo é contra, ficaram a favor do projeto todas as suas concorrentes, a saber: Record, Band, Abril e as duas entidades que têm mais interesse no “negócio” (sim, este é o nome adequado). São elas o Congresso Brasileiro de Cinema, que reúne produtores e cineastas habitualmente de olho nos subsídios oficiais, e a ABIPTV (Associação Brasileira dos Produtores de Vídeo Independente), que quer aumentar seu espaço na programação de TV.

As cotas fazem parte do polêmico projeto-de-lei 29/2007, que o deputado Jorge Bittar tenta há meses colocar em votação na Câmara Federal. Já comentei aqui o que acho desse projeto, mas pelo que se viu e se debateu durante o Congresso da ABTA, encerrado nesta 4a. feira, a briga vai ser dura. A Globo é contra, claro, porque tem participação nas duas principais operadoras de TV paga (Net e Sky) e já domina a produção audiovisual nacional – inclusive co-produzindo ótimos filmes como “Se Eu Fosse Você”, de Daniel Filho. As outras… bem, as outras são a favor porque a Globo é contra, ora.

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