Aqui de longe, fiquei sabendo da saída de Paulo Zottolo da presidência da Philips. Zottolo deixa o cargo apenas dois anos após ter assumido, o que não é comum no grupo (Marcos Magalhães, seu antecessor, ficou 11 anos como presidente). Tive pouquíssimo contato com ele, mas nas vezes em que isso aconteceu me impressionou sua informalidade. Sem dúvida, um exagero para o presidente de uma empresa tão grande – e que tem um perfil, digamos, conservador.

Nestes dois anos, Zottolo literalmente chacoalhou a Philips, o que não é necessariamente algo positivo. Parece que a empresa continua procurando seu caminho. Torço para que reencontre, até porque conheço seu potencial de inovação e admiro vários dos profissionais que lá estão. Quem sou eu para dar palpite na escolha de um presidente de empresa? Mas, se pudesse, diria que as empresas – e não só a Philips – precisam de menos marketing e mais ação. O exemplo da Apple, que consegue unir as duas coisas, é exceção e não pode ser copiado. Neste mundo globalizado, ainda mais no segmento de tecnologia, onde as coisas mudam do dia para a noite, agilidade é fundamental.

Só não se pode fazer como na velha história do elefante na loja de cristais.

1 thought on “A queda de um presidente

  1. Meu medo é que este novo presidente pense exatamente igual aos seus concorrentes orientais. Aí adeus mercado especializado. A maioria voltará para a “importação própria” de televisores.

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