Num break entre a maratona de entrevistas do segundo dia da CES, sentei ontem para esticar as pernas num sofá do centro de imprensa e fui tentar, pela primeira vez, usar meu iPhone para escrever. Queria contar aqui sobre as maravilhas da tecnologia sem fio e a facilidade que é você poder relatar em tempo real o que está vendo e transmitir na hora a milhões de pessoas.

Pois é, queria. Descobri que o iPhone (doce ilusão a minha!) não foi feito para isso. Vejo aqui em Las Vegas diversos colegas jornalistas escrevendo freneticamente em seus blackberries e similares, com aquelas teclinhas miúdas, e me lembro do filme “Quarteto Fantástico”. Numa cena, o ´Coisa` – aquele sujeito legal que acaba virando monstro, com as mãos enormes – vai tentar fazer uma ligação no orelhão. Mas seus dedos ficaram tão grandes que ele não consegue digitar as teclas.

Foi assim que me senti ao tentar teclar a tela touchscreen do iPhone, batendo os dedos desesperadamente sobre aquelas letrinhas minúsculas. Desisti. Ou os colegas que conseguem são superdotados, ou eu é que sou um deficiente. Tem mais: não consigo me acostumar com a gordura do suor que se acumula sobre a tela touchscreen. Fico toda hora passando um pano, mas a danada não sai.

Desconfio que o iPhone não foi feito pra mim.

1 thought on “Dedos nada fantásticos

  1. Olá Orlando Um Feliz Ano Novo a Você e a todos os colegas da Revista Home Theater.
    Sobre sua decepção com o iPhone imagino que um HTC pode suprir a funcionalidade que precisa. Abraço…

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