Infelizmente, o que se temia está acontecendo. A CES deste ano trouxe a Las Vegas bem menos gente do que nos anos anteriores. É a dona crise. Ontem, primeiro dia aberto ao público, pudemos andar pelos corredores da feira quase que normalmente, coisa impensável até o ano passado. Não havia fila nas lanchonetes, nem nos banheiros (outra raridade). E até foi possível entrevistar calmamente executivos em alguns estandes. Para dizer a verdade, muitos deles pareciam ansiosos para dar entrevista!

Outros detalhes ajudam a entender melhor o que está ocorrendo. Nos deram um dos melhores quartos do hotel, que deve estar com a ocupação pela metade. Logo cedo, a arrumadeira chegou para fazer o seu trabalho – se o hotel estivesse lotado, ela chegaria só depois do almoço. Também não há as tradicionais filas nas portas dos restaurantes, nem nos pontos de taxi. O problema é que isso tudo começa a preocupar os “donos” de Las Vegas – que são os proprietários das redes de hotéis.

Um desses grupos (o MGM), sozinho, está construindo três novas torres que, ao ficarem prontas, oferecerão à cidade mais 12 mil quartos (o MGM atual já é o maior hotel do mundo, com 6 mil apartamentos). Pelo menos outros quatro hotéis grandes estão em construção. Claro, são projetos que foram definidos antes da crise.

A pergunta que esses empresários devem estar se fazendo é: quem vai ocupar todos esses lugares? E quando? E por quanto? Só o tempo dirá.

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