É um fenômeno histórico: toda feira de tecnologia que cresce demais começa a ter problemas. Já aconteceu com a Comdex, e no Brasil com a nossa velha UD, entre outras. Nem com a CES é diferente. Em 2007, a CES tornou-se simplesmente a maior feira dos EUA, o país onde mais se realizam feiras no mundo. Em 2008, bateu todos os recordes de presença de público e expositores. Agora, pelo jeito, começa a curva descendente.

Este ano, por motivos óbvios, a CES está menor. Nem podia ser diferente. Mas alguns detalhes ajudam a reforçar essa tendência, independente da recessão mundial. O enorme pavilhão dedicado aos produtos chineses, por exemplo, com cerca de 600 expositores, estava praticamente às moscas anteontem, segundo dia da feira. O pavilhão chamado genericamente “In-Vehicle” estava interessante, mas completamente deslocado: o público é outro, as empresas são outras (com algumas exceções). Por sinal, o setor automobilístico – um dos que mais sofrem com a crise atual – mantém seus variados “salões do automóvel” pelo mundo afora, sempre com muito apelo tecnológico.

Com o gigantismo da CES, muitas empresas optaram por alugar suítes de hotéis por toda a cidade de Las Vegas, tentando aproveitar a presença de milhares de visitantes. Só que não é tão simples assim. Os hotéis são gigantescos, o tempo que se perde na locomoção é enorme, e muita coisa deixa de ser vista. Sem falar das empresas que abrem as suítes, mas não deixam jornalista entrar. Incrível, não? Tivemos esse problema na Onkyo. Os produtos estavam lá dentro, mas não podiam ser mostrados. Segredo de estado? Parece que eles não querem divulgação…

Outro problema do gigantismo é a expansão para estes imensos hotéis de Las Vegas. O Venetian é lindo, mas andar por seus corredores é um verdadeiro martírio. Mesmo que você saiba exatamente aonde quer chegar, é um programa não recomendado para quem tem claustrofobia ou labirintite!

1 thought on “Gigantismo posto à prova

  1. Sou revendedor autorizado de produtos Onkyo aqui no Brasil e não me deixaram entrar na suíte da marca também. Para mim a marca colocou dinheiro fora, pois quem poderia ver os produtos?

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