Não estou falando de um futuro distante. Não. Aqui na CES, pudemos ver (e registrar em vídeo) a primeira demonstração do Cell-TV, ainda um protótipo, mas com boas chances de sair do forno até o final do ano. A Toshiba já havia mostrado a novidade na CEATEC do Japão, mas agora parece que as coisas caminham mais rápido. Segundo Yoshihiro Nishida, do centro de pesquisas da empresa, a tecnologia de células está tão avançada que já é possível fabricar, em escala industrial, televisores desse tipo a um custo razoável – bem, lançar no mercado é outra conversa.

Pelo que entendi, essa tecnologia funciona à base de células que levam boa vantagem na leitura do sinal que chega ao display, seja ele proveniente de um DVD ou de uma emissora. A identificação do sinal é tão rápida que torna possível captar (e reproduzir na tela) várias fontes ao mesmo tempo. Isso pode viabilizar uma das mais aguardadas aplicações da TV Digital, que é a multiprogramação. Na prática, o próprio usuário vai ser capaz de fazer a “sua” multiprogramação, inclusive em alta definição. 

Nishida explicou que é possível dividir a tela em até 48 janelas, cada uma mostrando uma imagem diferente. Podem ser, por exemplo, várias fotos que você tenha numa câmera, com esta ligada ao TV; ou os programas que estão sendo exibidos naquele momento em até 48 emissoras diferentes; ou cenas de filmes que você armazenou no computador (e, claro, ligando-o ao TV). O importante é a flexibilidade que esse recurso nos dá. Se você gravou um programa, por exemplo, pode “picá-lo” em 48 partes e exibi-las separadamente no TV, para escolher qual delas quer assistir.

Vimos a demo aqui na CES e realmente o TV fica parecendo um mosaico de imagens HD. “Vai acabar a distinção entre programa ao vivo e gravado”, prevê Nishida. “O processador de célula não os diferencia: reproduz tudo instantaneamente”.

Fantástico! Vamos ver quando poderemos por a mão nessa maravilha.

A propósito, este vídeo mostra uma das mais incríveis aplicações da tecnologia de células. Vale a pena ver.

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