O comentário anterior foi motivado por notícia que vi ontem na GloboNews. Mas, diante de tantas informações sobre demissões na indústria em geral, cabe também a pergunta: por que nossos sindicalistas não são iguais aos deles (digo, americanos, europeus e japoneses, por exemplo)? Tenho conhecidos na indústria de T.I. dos EUA que já antecipavam, desde o final de 2008, essa onda de cortes. O fato de a Microsoft ter anunciado nesta 5a. feira a primeira demissão em massa (5 mil pessoas) de sua fantástica história de sucesso é apenas circunstancial: pode ter sido a primeira de uma série!
Quase todas as empresas do setor de tecnologia vêm reportando balanços negativos, a maioria deles acompanhada de cortes. Isso é do capitalismo. Os acionistas das empresas (que em muitos casos são pequenos poupadores que investiram em ações lá atrás, quando os ventos eram melhores) exigem isso, e com toda razão. Cabe aos profissionais estarem preparados para a eventualidade de uma demissão, que nunca é confortável, mas faz parte da vida.
Um amigo brasileiro que trabalha no Japão me conta que sua empresa, fornecedora da Honda e da Toyota, foi obrigada a reduzir drasticamente os custos. Chamou os trabalhadores para um acordo. “Tivemos que aceitar, pois a alternativa era a rua”, diz ele. Aqui, os sindicatos querem que o governo obrigue as empresas a não demitir. Assim, garantem o recolhimento de seu sagrado imposto sindical, que sustenta suas mordomias. Espertinhos!
È por isso que eu digo que no Brasil não existe comunista e sim Como Nisto