Distribuidoras de energia elétrica estão ampliando os testes do sistema PLC (Power Line Communications) em algumas regiões do País. Enquanto isso, Anatel e Aneel prometem regulamentar o serviço nos próximos meses. A principal defensora dentro do governo é Emilia Ribeiro, conselheira da Anatel. Mas ainda há um longo caminho burocrático a percorrer.

Os testes até agora vêm se mostrando positivos. No Rio Grande do Sul, uma comunidade de 50 mil habitantes de baixa renda, próxima de Porto Alegre, já pode colher alguns benefícios, com conexões de banda larga via rede elétrica em escolas e hospitais. Em Barreirinhas, no Maranhão, está em andamento desde o ano passado um projeto-piloto, usando tecnologia da Panasonic, talvez hoje a empresa mais avançada do mundo na área. Em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e outros estados, distribuidoras de energia elétrica também fazem testes com PLC.

carrinho-2O assunto é tema de fóruns e debates, como os promovidos pela APTEL, entidade que reúne empresas de infra-estrutura em telecomunicações. A grande vantagem do PLC é a capilaridade: 98% das casas no País já têm rede de energia elétrica; a tecnologia permite trafegar também dados por essa fiação, instalando comutadores nos postes e modems dentro das casas. Muito mais barato do que uma rede convencional de banda larga. Ainda estamos longe do Japão, por exemplo, onde já existem protótipos de carros movidos a energia elétrica e equipados com terminais de banda larga (como o da foto, exibido na CEATEC, em outubro passado). Mas já é um começo.

Só temo que, como em tantos outros casos, uma inovação tão importante para o País vire objeto de barganhas políticas ou seja travada pela burocracia. Tomara que não.

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