Andando pelas ruas de Las Vegas, vimos vários anúncios de serviços 4G oferecidos por operadoras americanas. Esse é o padrão de comunicação que permite acesso fácil a redes ultravelozes e transmissão de áudio e vídeo HD até mesmo entre dispositivos móveis. Brigando com nossas pobres conexões 3G, eu e meu colega Julio Cohen comentávamos como o Brasil está atrasado nessa área, apesar de todos os investimentos que já foram feitos. Agora, leio no Pay-TV News a notícia de que a demora na distribuição das freqüências da chamada quarta geração (WiMax e LTE) está afastando investidores antes interessados no mercado brasileiro.
Quem informa é a consultoria especializada Maravedis, num relatório sob o título “Brazil Wireless Broadband and WiMAX Market Analysis, 2010”. A crítica é de que, apesar de seus 168 milhões de assinantes de celular, hoje com penetração de 89%, o Brasil continua carente de banda larga. O atraso no leilão das freqüências e o “ambiente regulatório desfavorável” abrem espaço para questionamentos sobre a viabilidade do 4G no País. Segundo a análise, 75% do espectro de 3,5GHz ainda não foi licitado, algo que a Anatel diz estar estudando há uns dois anos. O que será que estão esperando? Que a rede 3G pare de vez?
Segundo a Teleco, uma das mais respeitadas consultorias sobre telecomunicações do País, o WiMax é a solução mais adequada para países como o Brasil; o competente Eduardo Prado já dizia isso lá em 2008. Aqui neste blog também, já reproduzimos artigos de especialistas como Samuel Possebon, na mesma linha. E vejam que interessante. Ainda segundo a Maravedis, já existem cerca de 130 mil assinantes de WiMax, entre conexões fixas e móveis, sendo que a chamada ARPU (receita média mensal por usuário) é de 30 dólares para assinantes residenciais e de 115 dólares para corporativos. Já no 3G a ARPU é de apenas 15 dólares.
Fica então no ar a pergunta: a quem interessa manter o País no atraso?
Resposta fácil meu amigo…Ao Culturalmente atrasado Governo Federal do Brasil !!!