A propósito do comentário anterior, vale a pena ficar de olho nos desdobramentos da decisão da Anatel de acabar com os limites à concessão de outorgas para TV por assinatura. Nesta segunda-feira, a Procuradoria-Geral da agência confirmou a medida que, na prática, abre as portas para a entrada das operadoras telefônicas no setor. Essa é uma briga antiga. As operadoras de TV, representadas pela ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura), não queriam nem ouvir falar disso, e agora podem ir à Justiça para impedir novas concessões. Alegam que pagaram muito caro pelas licenças e agora a liberação será gratuita. Não sei se será exatamente assim, mas uma reportagem da competente Elvira Lobato, na Folha de São Paulo de hoje, detalha bem esse conflito, mostrando que a mudança beneficia claramente uma empresa: a Oi, única das grandes teles que possui capital totalmente nacional. Como se sabe, a Lei do Cabo também criou restrições à participação de capital estrangeiro.

Como se vê, tudo muito suspeito, mais uma vez. Por isso, é bom ficarmos atentos.

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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