Há quem diga que o padrão de imagens 3D veio para ficar – seria apenas questão de tempo, e de hábito. O cineasta James Cameron, por exemplo, que detonou essa febre nos cinemas em 2009, com seu megasucesso Avatar, defende essa ideia ardorosamente. No evento 3D Entertainment, realizado em Los Angeles na semana passada, Cameron falou horas sobre essa tecnologia, na qual vem investindo do próprio bolso – está para sair a versão 3D de Titanic, seu maior sucesso (antes de Avatar). Cameron acha que as emissoras de TV ainda não descobriram o potencial do 3D, assim como demoraram para aprender a lidar com imagens coloridas, 50 anos atrás. Mas, assim que o fizerem, seremos todos dominados pelas imagens tridimensionais.

Bem, não sei se é excesso de otimismo (ou talvez marketing em causa própria), mas o fato é que cada vez mais surgem reforços a essa teoria. Anteontem, por exemplo, a LG apresentou em São Paulo seu primeiro smartphone 3D (foto), o mesmo que vimos na IFA, em Berlim, no início do mês. E ontem o aparelho chegou a nossas mãos, para teste, que será publicado em novembro (mais detalhes aqui). Deve ser o primeiro de uma nova série de produtos da empresa que exploram os recursos 3D. Já foram lançados TVs, players Blu-ray, sistemas de home theater, notebooks, monitores de computador (estes dois últimos dispensam o uso de óculos) e a lista deve continuar aumentando. Como dissemos durante a IFA, a LG é a empresa que mais está apostando (e investindo) na popularização do 3D.

Evidentemente, não é a única. No mesmo evento, a Panasonic lançou uma grande campanha de marketing que pretende levar a experiência do 3D às principais cidades americanas, na tentativa de fazer as pessoas experimentarem a nova geração de players e TVs de plasma. Mais ainda: grandes estúdios de Hollywood finalmente estão anunciando lançamentos de peso em Blu-ray 3D. Já foram confirmados O Rei Leão, que chega em versão remasterizada na próxima semana; Harry Potter 7 (em novembro), Star Wars (fevereiro), Top Gun (março) e Titanic (abril). Talvez seja o que está faltando para o mundo, enfim, se curvar ao 3D.

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