O título acima foi usado pelo competente jornalista americano David Katzmayer, do site Cnet, ao comentar a nova geração de televisores que os fabricantes chamam de “smart”. Responsável pelos testes de equipamentos publicados no site, Katzmayer diz que, pessoalmente, não tem interesse pela enorme quantidade de recursos que vêm sendo agregados aos smart TVs: imagens 3D, acesso a uma infinidade de serviços via internet, controles remotos que fazem tudo… Radical, ele sentencia: o que interessa, mesmo, é a qualidade da imagem!
Katzmaier argumenta que, como usuário, se contentaria com um “TV burro” (Dumb TV) mais barato, em lugar de um TV inteligente (Smart TV). “Dumb” é como ele define um monitor básico, TV que possa ser conectado a qualquer outro aparelho para exibir lindas imagens e que não traga embutido nenhum recurso extra. Conheço algumas pessoas que compartilham essa opinião. Aqui mesmo, neste blog, já houve manifestações nesse sentido. Muitos acham que os fabricantes querem simplesmente aumentar suas margens de lucro adicionando recursos que as pessoas não irão usar. Deve ser verdade. Aliás, é assim que acontece desde que a revolução industrial tornou possível produzir bens de consumo durável em alta escala. É assim o capitalismo.
Com todo respeito ao nobre colega, nada mais distante da realidade econômica, industrial e social de hoje. Nenhum fabricante irá lançar um dumb TV, pelo bom motivo de que ninguém iria comprá-lo. Pode ser tentador achar que a indústria ganha rios de dinheiro vendendo itens supérfluos – e isso de fato acontece, em muitos casos. Mas quem raciocina assim despreza o esforço de milhares, talvez milhões, de profissionais de design e engenharia cujo trabalho é buscar a inovação e a superação, sempre e sempre.
Não fosse assim, ainda estaríamos vendo nossos filmes em preto e branco e ouvindo música em rádios de pilha.
Bem, o assunto é polêmico e dá uma boa discussão. Voltaremos a ele num dos próximos posts.
Sempre fui mais radical ainda. Por mim nem som teriam. Não tem muito sentindo pra mim a pessoa investir num TV e não investir valor similar também num HT. O que deixa o som da TV inutilizado. Alguém pensou em me indicar um projetor? 🙂
O ideal, ao menos pro consumidor, seria poder montar, configurar, personalizar o seu TV assim como muitos fazem com o PC. Mas imagino que isto seja inviável para indústria.
Que bom que você voltou,Orlando:já estava sentindo sua falta e dos seus excelentes comentários.
Entendo perfeitamente que você,como editor de uma revista de tecnolgia apoie com veemência a adição cada vez maior de conteúdos tecnológicos nos tvs mas,pessoalmente,concordo com o Katzmayer pois não vejo muito sentido em navegar pela internet usando o browser da tv se o deskop e o notebook estão na mesma sala e são muito mais apropriados a isso.Acho desnessessário e até um pouco assustador tvs com reconhecimento de voz e,pior ainda,reconhecimento facial(a tv sabe que eu estou ali…)me sentirei vigiado ,num verdadeiro “big brother”.Dessas”firulas”,só acho importante o recurso 3D,que diz respeito à imagem e é importante fator de imersão no conteúdo exibido.
Com relação ao comentário do amigo Oziel,acho que o som na tv é importante,sim,pois imagine assistir aos noticiários com o receiver ligado e o subwoofer ribombando a cada instante.Nessas horas eu prefiro um sombem fraquinho.Mas isso sou eu,é claro…
Abraço:Rubens.
Bem, tenho home theater desde meu primeiro “in-a-box” da fênix Gradiente, sempre melhorando quando po$$ível.
Tenho duas tvs: uma Sansung 40″ lcd de uns 3 anos de idade “dumb” ligada no HT mas cujo player é smart e 3D; a outra está no quarto de dormir, ligada ao decoder de uma tv por assinatura, é uma LG 46″ led smart.
Não assisto a nenhum conteúdo smart pois me sinto mais a vontade fazenso isso no PC ou iPad e já sei que vou ter dificuldade em substituir a lcd Sansung até o final do ano pois não me dou bem com conteúdo 3D: que usa óculos sabe do que estou falando.
Abraços a todos.
Oi Orlando!
Concordo com o Oziel!
Na prática necessitamos de uma TV com excelente imagem e apenas 02 entradas HDMI. 01 para o Receiver do HT e outra para uma ligação direta da NET, no caso dos receivers que não tem pass-through. Percebo que NENHUM Cliente meu usa os recursos Smart. O Net Flix vai pelo Apple TV, a Internet pelo MacBook ou pelo Mini Mac, ligado na TV e usado como servidor para o iTunes e tantas outras coisas…Enfim, sei que isso não tem volta e cada vez pagaremos mais (ou não, depende da escala de produção) por recursos que não usamos…
Abraço,
Fernando
Alguem lembra da empresa de audio NAD. Excelentes aparelhos de som, porem com um minimo de features…
Acho que tem espaço para todos. Um bom monitor, com som cristalino e imagem detalhada. Porem quem quiser mais, poderia optar por modelos com mais recursos. Mas o que acontece é, TVs muito ruins, cheias de gadgets inuteis. É apenas uma questao de bom senso. Mas aqui quem manda é o marketing, infelizmente.
Eu acredito que há um certo exagero, especialmente se levarmos em conta que as TVs nem conseguem fazer aceitavelmente algumas tarefas. Minha LG 42″ LW5700 tem até um browser, mas tem pouca memória e um processador que não dá conta de nada. Além disso não roda flash, o que deixa os sites de vídeo totalmente de fora, e não tem um teclado para entrar com os endereços. Não seria melhor focar no que as TVs atuais podem fazer direito?
Gosto muito da minha smart, assisto Netflix diariamente, mas tenho a certeza de que muito cedo minha TV estará defasada nas suas características smart. Um player externo e barato é o ideal. Nos EUA, com USD 50,00- USD 100,00 você compra um e pode desfrutar no Netflix. Assim fica fácil trocar quando o avanço tecnológico exigir. Já no Brasil, com a Apple TV a R$ 399,00, fica mais difícil.
Sempre acompanho esse blog e este é um assunto que queria me manifestar muito.
Sou contra essa linha de Smart Tv que vem ” tomando” o mercado.
Quer dar a opção de tvs lotado de cacarecos que nunca vao se comparar a um notebook com um telcladinho wireless da logitech, ok.
Eu ja acho muito mais completo, personalidade e com infinitos mais recursos usar um notebook ligado em rede ou wireless e fazer o acesso por ele.
Essas Smart Tv ainda estão tirando nota D (sairam do F) em ser realmente Smarts.
Os aplicativos nao sao compativeis com o que existe na internet, ou sao restritos demais para conseguir manter a compatibilidade, podendo acessar conteudo dedicado do fabricante (fala serio?)
O que dizer dos codecs possiveis que podem rodar nessas tvs? desde 2008 acredito que ainda nao acertaram em rodar videos pelo media players que rode .mp4, mkv com audio em dts, ac3 ou dd 5.1. SEMPRE tem um tipo de codec, ou profile que NÃO FUNCIONA, e no final das contas, so posso confiar num HTPC, esse sim roda tudo !!!
Agora vejam a Samsung, lança uma tv com funções de Minority Report para fazer algo que é muito mais simples apertando um simples botão! E quer cobrar muito mais caro do que comprar um Xbox com Kinect já somados ao valor de uma tv básica.
Uma pena que hoje quem quer uma ótima tv sem ser smart não tem opções.
Tem que pagar junto um monte de coisa agregada que não funciona perfeito.
A Samsung lancou a D550 ano passado, quase o ideal para essas pessoas como eu, se nao fosse a tela bem reflexiva. O modelo com pelicula anti reflexo dela ficou para o modelo D8000, porem tenho que pagar junto um monte de agregados.
Está dificil mesmo.
uma boa imagem e um bom som, o que importa é voce se sentir bem com o conjunto, o que adianta as TV´s terem conexão com a internet se a nossa conexão é um LIXO, já passo nervoso com os meus 10 mega ( kkkkkkkkkkkkkkkkkk só no papel) no computador que tem muito mais recursos.
Parece que, na maioria das opiniões aqui colocadas, David Katzmayer tem razão. Eu sou um a mais a compartilhar da opinião dele apesar de ser um “early adopter ” em termos de tecnologia de áudio e vídeo. E discordo veementemente de seu pensamento de que : ” quem raciocina assim despreza o esforço de milhares, talvez milhões, de profissionais de design e engenharia cujo trabalho é buscar a inovação e a superação, sempre e sempre”. Por um simples motivo : teríamos que comprar, nem que fosse muleta, porque alguém desenhou um modelo novo? Claro que não. Abraços.