Tempos atrás, comentamos aqui sobre a disputa existente hoje entre os padrões Zigbee, Z-Wave e KNX para sistemas de automação. No mundo inteiro, são os mais usados, muito em função da força dos consórcios de fabricantes que os sustentam – no caso do KNX, principalmente na Europa. O amigo José Roberto Muratori, da Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial), me escreve chamando a atenção para o fato de que, na verdade, existe hoje uma infinidade de padrões competindo no mercado mundial. O próprio site da entidade traz links para cada um deles, destacando que, embora aqueles três sejam de fato os mais populares, esse é um segmento dinâmico, e pode haver mudanças nos próximos anos.

Entre os links estão siglas conhecidas, como DLNA, e nomes que já estamos acostumados a usar no dia a dia, como Wi-Fi e Bluetooth. Todos são padrões sem fio, como Z-Wave e Zigbee, que buscam ampliar sua abrangência atraindo mais fabricantes. Há ainda vários padrões com fio, como o já citado KNX e os que trabalham sobre plataformas IP ou Ethernet. Grandes empresas – Sony, Samsung, LG, Panasonic etc. – participam de vários consórcios simultaneamente, às vezes apoiando até iniciativas concorrentes, mesmo porque é impossível saber qual dos padrões será dominante no futuro. Evidentemente, seria muito melhor para o consumidor se houvesse um único padrão, compatível com todos os aparelhos, não importando marcas nem modelos. Mas, infelizmente, não é essa a realidade do mercado.

Vejam que a Wi-Fi Alliance, consórcio que rege as normas do padrão Wi-Fi, acaba de divulgar mais uma atualização, com o nome de Miracast. O objetivo seria atender à crescente demanda por redes móveis, com a integração mais rápida e fácil entre os aparelhos. Essa nova versão permitiria, por exemplo, transferir conteúdos entre um TV e um smartphone via rede sem fio, incluindo vídeos 3D e até 4K. Seus defensores o descrevem como superior ao AirPlay, da Apple, pioneiro do gênero, já encontrado, por exemplo, em equipamentos de home theater.

Essas atualizações são constantes, gerando uma confusão tremenda não apenas na cabeça do usuário, mas na do próprio profissional que lida com redes todos os dias. Sei que é praticamente impossível conhecer todos os padrões, mas a Aureside presta um ótimo serviço ao divulgá-los. Ainda que alguns deles, daqui a algum tempo, possam nem existir mais.

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