Já vai fazer um ano que vi pela primeira vez a demonstração da tecnologia conhecida como swipe. Os leitores também já devem ter visto: é o recurso que permite “jogar” uma imagem, por exemplo, da tela do celular para a do TV. Na última IFA, várias empresas mostraram; já existem até aplicativos que você pode baixar em seu smartphone (dependendo do modelo) para fazer exatamente isso. E qual é a utilidade? Tem a ver com o post anterior: a tão comentada, e pouco compreendida, segunda tela.

Swipe (em inglês, a palavra define, por exemplo, o ato de passar um cartão de crédito na máquina da administradora, ao fazer uma compra) é uma das ferramentas em que os especialistas mais apostam para viabilizar o uso de duas ou mais telas simultaneamente. Gigantes da indústria eletrônica, como a alemã Siemens e a americana Intel, há alguns anos vêm aperfeiçoando essa tecnologia (vejam este vídeo). Basicamente, o usuário ganha mais mobilidade para assistir e compartilhar qualquer tipo de conteúdo, até o extremo de poder transferir um programa que está assistindo ao vivo, do TV para o celular, e continuar assistindo enquanto se desloca. Evidentemente, isso só é possível num ambiente de rede estável e em alta velocidade de transmissão, o que ainda é utopia para a maioria de nós, mortais.

Na IFA, em agosto, a Panasonic demonstrou o recurso em seus novos TVs, cujo controle pode ser feito a partir do smartphone, baixando um aplicativo chamado Viera Remote. Para as empresas que distribuem conteúdo, o desafio é tirar proveito dessa nova experiência do usuário. Sim, swipe significa um novo relacionamento entre cada um de nós e nossos aparelhos. É uma ferramenta típica de OTT (over-the-top), como se chamam as formas de distribuição de conteúdo fora das grades convencionais de TV aberta e fechada. Vídeos, fotos, músicas, arquivos de dados e o que mais o usuário quiser podem ser transferidos entre TVs, smartphones, tablets, computadores e até alguns tipos de set-top box (STB), inclusive fornecidos pelas operadoras. Basta um aplicativo e tudo passa a circular, invisível, pelas nossas redes.

Com a esperada popularização das telas de toque, essa forma de compartilhamento se torna ainda mais prática e intuitiva.

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